Fim da escala 6×1: entenda o assunto viralizado nas redes e que está recebendo apoio popular

Erika Hilton é a primeira Deputada Federal negra e trans eleita na história do Brasil. Em SP, teve 256.903 votos. Veradora mais votada do país em 2020, por 2 anos foi a presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo.

Nos últimos dias, repercutiu nas redes sociais uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pede o fim da escala 6×1 de trabalho, com apenas um dia de folga na semana ao funcionário. A proposta foi apresentada pela deputada Érica Hilton (PSOL-SP) na Câmara dos Deputados.

O debate sobre a proposta levou o assunto aos trending topics do X (antigo Twitter), com várias pessoas apoiando o projeto ou compartilhando depoimentos sobre a rotina de trabalho sem os dois dias padrão de descanso.

“Quando eu trabalhava em escala 6×1, uma vez por semana eu fazia alguma dessas coisas. Eu pensava ‘Na folga dessa semana vou descansar, na próxima vou limpar a casa, na próxima ver minha família, na próxima encontrar algum amigo’. Isso não é vida”, escreveu um usuário.

Até o momento, a hashtag “Fim da escala 6×1” tem mais de 250 mil menções na rede.

A repercussão nas redes sociais surtiu efeito. Isso porque a petição online em defesa da proposta já conseguiu a adesão de 1,3 milhão de assinaturas.

Entenda o projeto que pede fim à escala 6×1

O texto da proposta foi apresentado pela deputada Érica Hilton e formulado pelo movimento social Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL).

A PEC pretende mudar o trecho da Constituição que limita a carga de trabalho a oito horas diárias e 44 horas semanais, além de alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que atualmente estabelece o período mínimo de um dia de descanso para o trabalhador.

Com o projeto, outras alternativas também seriam adicionadas, incluindo a escala 4×3, que possibilitaria a jornada de trabalho de quatro dias.

Nas redes sociais, Érica Hilton afirma que a escala 6×1 é desumana. “Isso tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor.”

Para o projeto chegar ao Senado e à Câmara, serão necessárias ao menos 171 assinaturas de parlamentares. Até o momento, a medida recebeu quase 100, segundo o PSOL.

Fontes O Globo