Wilmar Lacerda na Secretaria da Criança e Adolescente? É impensável!
É impossível não refletir sobre o que poderia ter acontecido caso Wilmar Lacerda, vice-presidente do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal (PT-DF), tivesse assumido o cargo de Secretário da Criança e do Adolescente.
Nesta quinta-feira (24), Wilmar Lacerda foi preso preventivamente sob a acusação de violência sexual contra duas adolescentes, uma de 13 anos e outra de 17, em Brasília. A ordem de prisão foi expedida pela Vara Criminal do Itapoã após investigações conduzidas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), órgão essencial na proteção da infância contra abusos.
Batizada de Predador, a operação conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), começou em agosto de 2024, coma prisão de um empresário, de 61 anos, amigo de Lacerda, que organizava festinhas com meninas em uma chácara, em Brasília, oferecendo presentes para elas e R$ 1 mil reais para meninas que fossem virgens.
Segundo a Polícia Civil, Lacerda foi detido em uma movimentada via pública, na entrequadra 204/205 da Asa Sul, e seu celular foi apreendido para a investigação.
Lacerda já ocupou diversos cargos relevantes na gestão petista no DF. Foi secretário de Administração no governo do ex-governador Cristovam Buarque, suplente no Senado e chefe de gabinete da liderança do PT na Casa. Esse histórico apenas agrava o impacto de sua prisão, que chama atenção para uma questão urgente: como uma figura pública, especialmente ligada a pautas sociais, pode ser vista como confiável diante de acusações de tamanha gravidade?
Em nota, o PT afirmou que Lacerda está afastado temporariamente do partido enquanto se apuram os “graves fatos noticiados”. No entanto, essa resposta não alivia as preocupações.
O caso de Wilmar Lacerda é um alerta. Ele reforça a importância de verificações rigorosas e de uma cultura política mais ética e responsável. Pois, caso o PT, voltasse ao governo do DF, Lacerda voltaria ao poder onde poderia se camuflar de bom cidadão, diante das gravidade dos fatos lhe imputado pela justiça.
