Mesmo com o subsídio de R$ 890 milhões concedido pelo governo em 2022, os empresários do setor alegam não obter lucro com o transporte de ônibus.
O embate entre o chefe do Executivo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e as empresas de transporte coletivo vai ganhar destaque em 2024. Enquanto o governador garantiu publicamente que as passagens não terão aumento em 2024, as empresas expressaram preocupação com a ausência de reajuste, alegando desequilíbrio econômico em seus contratos.
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O impasse surge com empresas argumentando que a falta de reajuste nos preços das passagens causou um desequilíbrio financeiro em seus contratos vigentes. Algumas delas já haviam solicitado um aumento nas tarifas do transporte público, referentes ao período de concessão.
Sob condição de anonimato, um representante de uma das empresas envolvidas mencionou que os termos do contrato estabelecido com o Distrito Federal foram supostamente descumpridos, resultando em prejuízos financeiros.
Em uma entrevista exclusiva concedida ao Metrópoles, o governador Ibaneis Rocha reiterou sua posição: “Com certeza, não vai acontecer. A gente tem um sistema de transporte bastante oneroso para o governo, onde a gente cobre quase 70% do custo do transporte do Distrito Federal.”
Rocha enfatizou que a decisão de manter as passagens sem aumento foi resultado de um estudo minucioso conduzido pela Secretaria de Parcerias Público-Privadas e pela Secretaria de Mobilidade. Esse processo foi submetido à análise do Tribunal de Contas da União, recebendo todas as recomendações do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
A garantia do governador em não aumentar as tarifas para o próximo ano ecoa seu compromisso em enfrentar as demandas financeiras do transporte público, mas gera um confronto com as expectativas das empresas concessionárias. A batalha legal em potencial entre o governo e essas empresas promete um desdobramento relevante para o cenário do transporte coletivo no Distrito Federal.