A Secretaria de Saúde é lenta para algumas coisas, mas, para outras, ela é curiosamente rápida.
Um exemplo de atitude apressada da Secretaria é o caso das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).As unidades sequer foram instaladas, mas, até o dia 11/11/2009, o Fundo de Saúde do Distrito Federal já havia pagado quase R$ 13,2 milhões para a Metalúrgica Valença Indústria e Comércio LTDA.
Essas UPAs serão instaladas em várias regiões administrativas do DF. O que parecia ser uma boa iniciativa se perde quando se constata que as unidades não serão de alvenaria, mas sim contêineres de metal encaixados e soldados. Ou seja, depois das infames escolas de lata, vêm aí os hospitais de lata.
Nos períodos de calor do Distrito Federal, é de se imaginar a agonia dos pacientes internados nesses fornos. As UPAs não são edifícios, são equipamentos de metal. Mesmo assim, o GDF está jogando todas as suas fichas nessas Unidades, a ponto de realizar o pagamento ainda antes da instalação final do equipamento
“Segundo a secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro, implantar uma UPA sai por R$ 1,2 milhão. O custo anual de manutenção é de R$ 6 milhões, incluindo o pagamento de salários de médicos e enfermeiros e as ambulâncias. O modelo é mais caro do que os postos de saúde da prefeitura que funcionam 24 horas. Nesses, o custo de manutenção é de cerca de R$ 4,5 milhões ao ano”.
Já em Brasília uma Unidade de atendimento custa R$ 6,5 milhões cinco vezes mais.
As UPAs serão administradas por organizações sociais, a exemplo do que ocorre em outras cidades do país.
Ficam as perguntas:
Por que a discrepância de valores na instalação destas unidades entre Rio e Brasília?
Se construir Postos de Saúde sai mais em conta, então porquê não fazê-lo?
Fontes: www.orcamentotransparente.com.br em parceria com o blog EM DEFESA DA SAÚDE