Na pauta foram debatidos temas referentes ao Parque Ecológico e Vivencial do Riacho Fundo e pro melhoramento da cidade
O deputado Hermeto, “padrinho político do Riacho Fundo”, segundo suas próprias palavras, anunciou em uma reunião no Parque Ecológico e Vivencial da cidade, neste sábado (15), com cerca de cem moradores, que irá empenhar suas emendas para o melhoramento da região administrativa.
Questionado sobre a possibilidade de implantação de um posto da polícia florestal dentro do parque, Hermeto deu a seguinte resposta: “Um posto policial engessa a polícia, hoje a mentalidade é outra, é de uma polícia mais versátil, mais objetiva e a gente tem que investir em inteligência, monitoramento e câmeras. Colocar um policial num posto policial está engessando o policial.”
Questionado sobre a polêmica pista de ligação entre o Riacho Fundo II e o Riacho Fundo, Hermeto respondeu: “Precisamos discutir mais um pouco. Eu falo por mim quando fui fazer a Avenida Contorno no Núcleo Bandeirante ou na Candangolândia, eu fui massacrado. Hoje, a avenida é uma realidade. Sem ela, há 15 anos atrás quando fiz, a Candangolândia seria uma cidade extremamente engessada na entrada e saída. Hoje, pode ser ruim, mas no futuro não. O político que está à frente do governo tem que pensar numa política de estado”.
Sobre a ciclovia do Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Riacho Fundo, Hermeto disse: “Começou já através de uma emenda minha que coloquei no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), saindo da linha do trem próxima da UPA até a Candangolândia. Sendo a mesma moderna, nos padrões do Parque da Cidade de Brasília, com faixas exclusivas para quem faz ciclismo e corrida. É uma realidade agora, e no próximo ano, podem ter certeza que chegará no Riacho Fundo, sendo uma reivindicação antiga dos moradores da Candangolândia, Núcleo Bandeirante e do Riacho”.
O administrador da cidade, Fernando Siqueira Guimarães, falou sobre o andamento de algumas ações no parque e no Riacho Fundo. “Em nossa reunião presidente, já observamos que está na parte técnica a compensação ambiental para a Terracap fazer, pelo menos foi a informação me passada, colocando iluminação e nos comunicando que para cercar todo o parque ficaria em torno de R$ 6 milhões, um valor muito alto, mas o parque é o segundo maior do DF”.
Siqueira também ressaltou a importância de se fazer parcões. “É extremamente importante fazermos parcões, é algo que está crescendo e com isso gerar um ordenamento. O primeiro projeto de parcões será na Qs 6, atrás da delegacia onde faremos um fechamento para ter controle de acesso e churrasqueiras.
Moradores da QN 3, no Riacho Fundo, estão mobilizando uma iniciativa para transformar um campo sintético em um “parcão”. Durante uma reunião, eles solicitaram a ajuda do administrador, que por vez ressaltou que seria necessário colher as assinaturas necessárias para a mudança de destinação do local. Siqueira se comprometeu a ouvir a comunidade e trabalhar em conjunto para realização de suas demandas.
Além disso, o presidente do Ibram – Brasília Ambiental, Rôney Nemer, respondeu a várias perguntas dos presentes, incluindo sobre o fechamento da pista de ligação entre os Riachos. Nemer explicou que: “Uma cidade não vive isolada, toda cidade é interligada. Quando projetamos as cidades, nenhuma delas tinha essas vias de ligação. Projetamos aqui, quando saímos daqui do terminal, uma via de ligação com o Recanto das Emas, que antes o Riacho Fundo II era Recanto, ali nunca foi Riacho Fundo II. Quando Roriz começou a entregar os lotes, tínhamos Riacho Fundo e Recanto das Emas. Era tudo Recanto das Emas, e o povo dizia assim: “O Roriz está dando para quem tem melhor condição, para quem tem mais dinheiro, lotes no Riacho Fundo e os pobres estão indo para o Recanto, então a gente não quer ganhar lote no Recanto”. Comigo, Arruda disse: “Rôney, você delimita uma cidade por um rio, alguma coisa física, a BR 001 divide o Recanto no meio, então vamos colocar Riacho Fundo II, que muita gente vai aceitar o lote e fica Recanto lá”. Quando projetamos uma cidade, projetamos várias entradas e várias saídas. Quando assumi, falamos que íamos fazer um projeto oficial. Vai ter que ter licença ambiental para fazer uma ligação na entrada do Riacho Fundo II, pois uma cidade tem que ter isso para ter desenvolvimento. Tentamos de todas as formas – não foram só nós, todos os administradores e políticos que assumiram a cidade -, fizemos tudo, colocamos recursos, mas não deu certo. Tem problemas ambientais, às vezes é o Instituto de Saúde Mental que não deixa, às vezes é o Ministério Público. Vamos fazer o projeto da ligação que é a ligação correta, mas enquanto isso, fechar acho perigoso, porque muitas pessoas usam a passagem.”
Por outro lado, a ex-administradora do Riacho Fundo I e II, Edileuza Lima, se posicionou contra o fechamento da pista de ligação e sugeriu um projeto alternativo que ligaria o Riacho Fundo II ao terminal rodoviário do Riacho Fundo I. Segundo Lima, esse projeto garantiria o acesso das pessoas entre as regiões, sem prejudicar os moradores do Riacho Fundo II.
O Parque Ecológico e Vivencial do Riacho Fundo, criado pela Lei n°1.705. de13/10/97, situa-se em área de limitada pela Granja Riacho Fundo,ao Norte; pelo regimento de Polícia Montada,a Estação de Tratamento de Esgoto,a chácaras in°Dácia e a Colônia Agrícola Sucupira, ao Leste; pela Fazenda Sucupira, ao Sul e pela Fazenda Sucupira e o Riacho Fundo II, ao Oeste.