O avanço da poliomelite no Brasil, provocada pela baixa vacinação, levou 15 clubes rotários, baseados no Distrito Federal, a debaterem o assunto na noite desta quarta-feira (26), para tentar buscar alternativas que ajudem a melhorara a meta vacinal no DF.
O Rotary e seus parceiros, na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI), trabalha para erradicar, há mais de 35 anos, a doença no mundo.
De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Saúde, a meta da campanha, que começou no dia 8 de agosto, era de vacinar 95% das crianças brasilienses.
Até o final da semana passada, segundo ainda a SES, apenas 49.480 crianças, entre 1 e 4 anos, haviam recebido o imunizante.
A cobertura vacinal na campanha contra poliomielite, no Distrito Federal, ficou em 30,9%.
Poliomielite [paralisia infantil] é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.
A baixa procura da vacina no DF acendeu a luz de alerta os clubes rotários que se empenham a cada ano na luta pela erradicação da doença.
Os números da imunização foram considerados muito baixos, pelos rotarianos, cuja causa estar na falta de empenho dos pais de procurarem os postos de vacinação para imunizar as suas crianças.
Para Einstein Lincoln Taquiry, presidente do Rotary Club Brasília Sul, o Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989, mas a diminuição nos índices de vacinação pode acarretar volta da doença.
Como a imunização contra a poliomelite vem caindo drasticamente no DF, uma comissão composta por dirigentes dos clubes rotários, que atuam da capital federal, será recebida pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, na tarde de hoje.
Os rotarianos decidiram criar movimentos permanentes, sobre a importância da luta contra a poliomielite e desejam construir uma parceria mais sólida com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em apoio as suas demandas.