Assim como em qualquer outro ramo de negócio, as empresas de manipulação de medicamentos também devem se preocupar e adotar práticas internas de trabalho que atendam às referências internacionais para o controle da qualidade dos serviços prestados.


A Resolução RDC 67/2007, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), regulamenta a atividade no país e orienta sobre fatores como produção, armazenamento e comercialização deste tipo de medicamento.


As inspeções locais ocorrem regularmente e é importante observar se há disponível, nas lojas físicas ou virtuais, a licença de funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária. Há ainda legislações Estaduais e Municipais que devem ser consultadas.


No entanto, ao adquirir um medicamento manipulado, o consumidor também deve cobrar as certificações que garantem que o produto tem comprovação científica da sua segurança e eficácia.

Selos de qualidade

É importante que as farmácias apresentem selos que asseguram a autenticidade e a qualidade dos componentes do produto manipulado. Em geral, as boas farmácias possuem um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpora as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF).


O Morosil, por exemplo, – medicamento que auxilia no emagrecimento e está entre as fórmulas mais populares das farmácias de manipulação –, tem o selo de certificação da Galena.


Os BPMF são um conjunto de medidas que visam justamente garantir que as manipulações de medicamentos sejam consistentemente realizadas sob padrões apropriados para o uso pretendido e requerido na prescrição.


“A qualidade é garantida por procedimentos e processos que ficam sob supervisão de farmacêuticos. Assim, a segurança dos produtos manipulados é similar aos produtos industrializados”, explica Luís Fernando Brum, farmacêutico e consultor da Brum Consulting.


As boas práticas também incluem o treinamento das equipes, para que se tornem especialistas nas normas de controle, e a realização de testes e análises das medicações.


A farmácia deve seguir rigorosamente as metodologias do fabricante da matéria-prima, normalmente indicadas nas certificações, para que o resultado gerado pelos medicamentos atendam ao que cada paciente precisa.

Cuidados com medicamentos manipulados

A busca por farmácias de manipulação está cada vez maior e um dos fatores que explicam essa popularidade é a possibilidade de personalizar os medicamentos.


A oferta de produtos é ampla e eles podem ser usados para questões de saúde e bem-estar, qualidade de vida, beleza e prevenção de doenças, entre outras funcionalidades. Mas o seu uso deve atender aos mesmos critérios de um medicamento industrializado.


“O cuidado é o mesmo que se deve ter nas compras nas farmácias. Tire suas dúvidas com o farmacêutico e não tome remédios sem o conhecimento de seu profissional prescritor”, reforça Brum.