Ouvir de centenas de mulheres as seguintes frases:
“Que só estariam realizadas quando tivessem filhos”;
“Não sei o que seria de minha vida sem meus filhos”.
Nunca ouvir de nenhum homem que sua realização existencial passaria pela condição da paternidade.
Mais, realmente o que querem as mulheres é que os filhos continuem em seu ventre, no ninho materno.
Falam da boca para fora que criam os filhos para o mundo. Pois, na verdade, em seu íntimo, não querem que o dia do voo chegue – da independência materna.
Com o nascimento dos filhos aprendemos mais sobre o companheiro. Alguém vai impor ao outro sua superproteção, idolatria… Quase normal, quando se respeita a individualidade de ser do sexo oposto ou igual.
Muitas mulheres chegam a confundir o amor com a dependência que se tem pelos seus filhos, esquecendo-as que breve partirão para o mar da vida.
E nós homens como lidamos com isso, dentro da nossa razão e racionalidade da vida.
Aprendi de uma ex-namorada, também com dois filhos como eu, que somos fracos, não aguentamos os – “chiliques dos filhos, suas intempéries…”.
Realmente, em vários momentos esquecemos que já fomos filhos.
Depois publicaremos os depoimentos dos homens sobre o assunto.
Uma fase difícil para as mulheres e aceitar que os filhos vão crescer e se desprender do seio materno. Principalmente para as que já sabem de todas as necessidades dos filhos, antes mesmo de eles precisarem. Isso poderá ocasionar nos filhos já adultos, a procura pela companheira (o) que os tratem de forma maternal ou paternal, reproduzindo relações de dependências.
PML, uma amiga que não vou revelar certa vez me disse:
“Eu prefiro estar dependente emocionalmente dos filhos, a um homem”. Os dois são patologias segundo a ciência. Procurem tratamento.
É evidente que estão com medo de perdê-los! Mas, esse será o fluxo corrente natural dos filhos. A vida é feita de chegadas e partidas.
Eu como pai, me sinto aprendendo com meus filhos, que é preciso se desprender. É preciso vivenciar os novos conhecimentos, culturas e deixar-nos voar.
Todos nós somos uma vírgula e um ponto final. Enquanto vírgulas, deixemos pontuarem as linhas existenciais de suas vidas.
Este texto reflete o cenário do século passado que ainda persiste no mundo contemporâneo.