Experiências bem-sucedidas e artigos acadêmicos que contribuam para a melhoria do cuidado com a saúde da comunidade afrodescendente serão premiados a partir deste ano em Porto Alegre
Experiências bem-sucedidas e artigos acadêmicos que contribuam para a melhoria do cuidado com a saúde da comunidade afrodescendente serão premiados a partir deste ano em Porto Alegre. O Prêmio Promoção da Equidade em Saúde – Saúde da População Negra foi lançado pelo secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, dia 1º de julho, na 6ª Conferência Municipal de Saúde, realizada na PUCRS. As inscrições poderão ser feitas pelo site http://www2.portoalegre.rs.gov.br/sms, a partir de 5 de setembro. O resultado será divulgado em 6 de dezembro, e os vencedores receberão o prêmio em 16 de dezembro (confira aqui o edital).
Toda a equipe do serviço de saúde onde for executada a experiência ganhadora terá direito a certificado. Duas pessoas da equipe – uma de nível superior e outra de nível fundamental ou médio – serão contempladas com um intercâmbio com a Secretaria Municipal de Salvador, por cinco dias, com todas as despesas pagas. Já o autor do artigo vencedor receberá certificado e participará do intercâmbio com a Secretaria Municipal de Salvador.
Com o reconhecimento aos Centros de Saúde que desenvolverem projetos exitosos e aos autores que se dedicarem a escrever em benefício dessa comunidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pretende incentivar a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra em âmbito municipal e combater o racismo, as desigualdades entre as raças e a discriminação nas instituições e nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Casartelli ressalta que o Plano Municipal de Saúde contém diretrizes específicas para a comunidade negra e lembra que, no ano passado, um dos Boletins Epidemiológicos editados pela Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde da SMS teve a população negra como tema. O secretário observa também que os indicadores de saúde revelam uma preocupante desvantagem dos afrodescendentes, que estão mais sujeitos, por exemplo, à mortalidade infantil e à mortalidade juvenil – neste último caso, em razão da violência a que estão mais expostos.
De acordo com o Boletim Epidemiológico 44, da SMS, o risco de incidência de Aids, sífilis, tuberculose, mortalidade materna e mortalidade de jovens por causas externas (homicídios) é mais que o dobro para a população negra em comparação à população branca.
Autor: Imprensa
Fonte: Prefeitura de Porto Alegre