Vários deputados voltaram a se pronunciar em favor dos servidores, contra o aumento das tarifas de ônibus e do valor do prato nos restaurantes comunitários, bem como outras medidas que penalizem a população, durante a sessão de hoje (23). Celina Leão (PDT) sugeriu que os R$ 24 milhões que a Câmara devolverá aos cofres do GDF subsidie a manutenção do preço de R$ 1,00 nos restaurantes comunitários. O governo anunciou que o valor passará para R$ 3,00, “um reajuste de 300%”, conforme pontuou a presidente da Câmara.
Celina disse que fez o cálculo de quanto o governo arrecadará a mais com esse aumento e o valor encontrado foi R$ 21 bilhões. Então, a deputada propôs que a economia que a Câmara fará, por meio da redução dos gastos dos gabinetes parlamentares, sirva para que o GDF recue no reajuste do preço da alimentação para a população que utiliza os restaurantes. O deputado Wellington Luiz (PMDB) anunciou o apoio dos quatro deputados de seu bloco, formado por PMDB e PTB, à ideia de Celina Leão.
Servidores – Primeiro a falar na sessão, o deputado Chico Vigilante manifestou seu apoio aos servidores que paralisarão seus serviços amanhã, frisando que “o único mecanismo para se resolver problemas com os trabalhadores é dialogando, negociando”. O parlamentar renovou sua preocupação com a saúde pública e sua desconfiança de que pode estar em campo “a lógica perversa de sucatear ao máximo, para contratar organizações sociais”.
Agaciel Maia (PTC) defendeu o governo, afirmando que este tem feito o “enfrentamento” com os servidores e outros grupos sociais afetados pela crise financeira no DF, lembrando as escolas de samba, que não receberam recursos do GDF no último carnaval. Maia elogiou a iniciativa da bancada do PT de levar suas contribuições ao governo. Foram 15 sugestões, que permitirão uma economia de R$ 8 bilhões se implementadas. “Somos uma oposição que bate duro, mas dialoga”, comentou Vigilante.
Desemprego – Wasny de Roure (PT) destacou que o DF registra o maior índice de desemprego de sua história e que “o setor produtivo está paralisado”. “Mais de dez mil trabalhadores da construção civil foram demitidos e as obras estão paradas”, acrescentou.