Novos modelos de gestão tornam-se necessários e imprescindíveis para complementação do SUS. Não é mais possível conviver com 81% do orçamento do SUS sendo empregado em RH no Distrito Federal.
Dos R$ 5.098.168.981.50 bilhões para a saúde do DF, 2% (R$ 1.019.633.79) são para investimentos; 17% (R$ 86.668.872.685.5) custeio da máquina e 81% (R$ 412.951.687.501.5) para pagamento de pessoal.
Observem, que os dois maiores montantes não são para investimentos pesados na saúde, mas sim, para custeios e RH. Sabemos que não se faz saúde sem RH, mas precisamos encontrar a equação inversa destes valores.
Sem foco prioritariamente na atenção básica, ocorrerá o congestionamento nos pronto-socorros e consultórios de especialidades, o que tem se tornado a realidade do Distrito Federal.
A saúde precisa de alternativa de flexibilidade e agilidade na gestão com autonomia financeira, administrativa, descentralizada e, centrada em compromissos e metas com vistas aos usuários.
Mas enquanto o estado não consegui apresentar e defender um ou mais modelo de gestão pautado no parágrafo acima, o usuário é quem mais sofre.
Por que não instituir as organizações sociais (OSS) na atenção básica do Distrito Federal? Sei que há controvérsias de opiniões, mas sei também, que os usuários estão sendo tolidos de seus direitos há uma saúde pública de qualidade enquanto se discuti, se discuti…é nada é decidido.
Nunca ouvi falar que um secretário de Saúde, governador, deputados distritais e federais, bem como os senadores eleitos pelos brasilienses usam o serviço público de saúde. Mas não era para vim deles o exemplo na utilização dos serviços públicos para os quais foram eleitos à defender?
O usuário não quer saber qual será o modelo ou modelos de gestão, ele quer ser atendido pois paga caro por um sistema não resolutivo.
“Que se dane o modelo de saúde, o Brasil é o país da corrupção mesmo! Não posso é assistir calado minha filha sofrer, enquanto se discuti o modelo de saúde. O modelo ideal é aquele que atenda quem paga por ele”, desabafa Rodrigo Saldanha, que aguarda há (07) meses a cirurgia de hernia inguinal de sua filha Dhulia Mylena de 05 anos.
Não iremos defender modelo A ou B, ou A e B de gestão do SUS, até porque não há um modelo de gestão ideal, vamos defender quem mais precisa dessa saúde.
Analise as planilhas do Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO), do Fundo de Saúde do DF. Clique na imagem para ampliação.