O Ministério Público Estadual suspendeu o uso de mosquitos da dengue que passaram por modificação genética na região de Piracicaba, no interior de São Paulo. Os insetos agem sobre a prole das fêmeas do Aedes aegypti, impedindo a transmissão da doença. O orgão acatou uma representação do Conselho Municipal da Defesa do Meio Ambiente indicando que os mosquitos transgênicos não têm aprovação da Anvisa. O interior paulista registrou mais duas mortes decorrentes da dengue neste ano: em Campinas e Birigui.
O mosquito modificado foi desenvolvido pela startup inglesa Oxitec, que possui uma fábrica em Campinas. A unidade tem a capacidade de produzir por semana 2 milhões de mosquitos transgênicos da espécie Aedes aegypti. A cidade seria a primeira no Estado a testar essa forma de controle da dengue.
Mesmo não tendo certificação da Anvisa, a startup obteve aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança para comercializar os mosquitos.