29 de Janeiro de 2020


O empresário brasiliense afirmou que os governos chegaram à exaustão e perderam a capacidade de empregar mais pessoas.

O empresário e ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio disse nesta terça-feira (28/01), que Brasília não pode continuar sendo uma cidade limitada. Afirmou ainda que o setor produtivo é a saída para o combate ao desemprego e que a política econômica do Governo Ibaneis enche de grandes expectativas os empresários do DF.

O empresário Paulo Octávio, presidente do LIDE Brasília, grupo empresarial que reúne diversos setores com o objetivo de fortalecer a livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social afirmou ao Radar-DF, que a interlocução que o governo Ibaneis faz hoje, com atenção as entidades de classe do DF, ajuda a diminuir uma das piores chagas sociais que é o desemprego.

Segundo Paulo Octávio, nos últimos  dez anos muitas empresas brasilienses sucumbiram com as dificuldades impostas pela crise econômica, mas que começam a emergirem com o anúncio de um Refis que vai colocar muitas empresas hoje inadimplentes em situação regular.

“O governo precisa acreditar mais  no setor produtivo. A única forma que nós temos hoje para gerar empregos. É  através de incentivos para que novas empresas apareçam em Brasília e não percam suas forças.

O empresário brasiliense afirmou que os governos chegaram à exaustão e perderam a capacidade de empregar mais pessoas. Paulo Octávio apontou que Brasília conta com uma indústria muito acanhada e que o setor de serviços e comércio tem sido o carro-chefe da economia.

“Existe perspectiva de crescimento do setor industrial? Isso existe. Nós temos que acreditar nesse segmento. Não podemos continuar pensando apenas na Brasília Tombada que não pode ter indústrias. O Plano Piloto não pode, mas no resto do DF as empresas de grande porte podem se instalar”, apontou.

Ele disse que cidades como Taguatinga, Ceilândia, Planaltina e Brazlândia, as quais possuem um setor produtivo atuante, podem se desenvolverem economicamente e se tonarem grandes geradoras de empregos e renda.

“Temos que criar essa cultura de desenvolvimento em todas as cidades do DF. Eu sou totalmente favorável que as cidades do DF tenham as suas áreas de desenvolvimento econômico para que possam empregar a mão de obra local”.

Cerca de 90% dos empregos gerados no DF estão concentrados na região central do Plano Piloto. Para Paulo Octávio isso não é positivo para o fortalecimento do DF.

“O DF tem hoje 33 regiões administrativas, e cada região é uma pequena cidade brasileira. As Regiões Administrativas não possuem autonomia política, mas poderiam ter uma maior autonomia econômica e financeira, desde que possam ter empresas que possam ali gerar impostos, gerar empregos, gerar renda e diminuir a chaga social que essas cidades enfrentam”.

Por fim, Paulo Octávio destacou ainda que o governador Ibaneis mostrou no seu primeiro ano de governo toda a sua capacidade de gestor para tirar Brasília do caos e que as melhorias  são sentidas pela sociedade.

O líder empresarial apontou que vários setores econômicos do DF registraram crescimento com destaques para a Construção Civil, que faz parte do ramo industrial e teve alta de 0,8% no período, o melhor resultado desde junho de 2013.

“Em 2019, a economia do Distrito Federal cresceu acima da média nacional, mas podemos crescer ainda mais. Por isso que é importante essa conexão entre Estado e setor produtivo na valorização dos nossos jovens e no incentivo aos pequenos empresários, para que eles possam crescer e desenvolver seus negócios”, sustentou Paulo Octávio.