De olho na sucessão de 2018, a presidente Dilma fez uma reforma ministerial, a fim de fortalecer seu governo nos estados com maior eleitorado.
A lógica da reforma é atender e manter unidos os partidos que a elegeram.
A ilógica fica por conta da indicação do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), para o ministério da Educação.
Os planos de Gomes eram colocar o irmão Ciro Gomes na esplanada e ser indicado como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.
Os planos familiares foram inviabilizados em razão do temperamento explosivo de Ciro. Não seria visto como um bom vizinho na esplanada dos ministérios.
O futuro ministro da Educação de Dilma acumula um histórico nada republicano.
Cid Gomes é considerado ‘mão aberta com o dinheiro público’. Com o erário já contratou artistas nacionais e internacionais para inaugurações de seus feitos como governador.
Suas peripécias: Passeio de jatinho fretado com familiares a vários países da Europa R$ 388 mil reais, com direito de levar a sogra. Contratou um bufê para abastecer as dispensas do Palácio da Abolição por R$ 3,4 milhões, batizado de a [farra do caviar]. Pagou R$ 650 mil reais a cantora Ivete Sangalo por ocasião da inauguração do hospital Regional do Norte. O Ministério Público entrou com ação na Justiça Federal requerendo a devolução do dinheiro. Cid afronta a justiça ao afirmar: “…que continuaria gastando com lazer, doa a quem doer”.
Na gastança com ‘lazer’, Cid mandou contratar o cantor Plácido Domingo no show de inauguração do Centro de Eventos do Ceará. O cachê pago foi de R$ 3,1 milhões de reais, questionados pelo Tribunal de Contas.
A presidente Dilma erra ao entregar para o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), o ministério da Educação.
A acomodação ideal de Cid Gomes (PROS) seria nos ministérios da Cultura ou Turismo.
Resta a nós contribuintes esperar que o futuro ministro seja mão aberta na hora de investir em educação de qualidade no país.