“É difícil entender um país que retira impostos de automóveis e não retira de remédios. No Brasil, 35,7% do preço de um remédio são apenas impostos. Isso deveria ser uma briga de todos”. Deputado Reguffe.
– Reguffe quantos projetos já apresentou e o que você tem a dizer aos críticos de seu mandato?
Alguns políticos, se utilizando do fato de que muitas pessoas não acompanham o trabalho da Câmara, ficam tentando de forma covarde espalhar na rede que meu mandato é um mandato que só economiza e não faz mais nada.
Primeiro, é importante que se diga, que meu mandato, ao contrário do deles, economiza sim e muito. Mas meu mandato é muito mais do que isso.
Apresentei 34 projetos, 18 emendas, 16 requerimentos de informação, proferi 221 discursos. Entre os projetos, está o que retira todos os impostos dos remédios. Enquanto em países como Inglaterra, Canadá e Colômbia, não se cobram impostos sobre remédios; no Brasil, 35,7% do preço de um remédio são apenas impostos. E existem famílias que gastam mais de R$ 3 mil por mês com medicamentos de uso contínuo! E que precisam deles para viver.
Na Comissão de Defesa do Consumidor, depois de uma verdadeira guerra, aprovei o meu parecer ao PL 3998/12, obrigando os planos de saúde a terem que arcar com o tratamento de quimioterapia oral. E depois de vários discursos que fiz pressionando, a ANS regulamentou. Hoje, os planos têm que arcar com a quimio oral.
E os votos no plenário, alguns até contrariando a orientação do partido, mas sempre respeitando a minha consciência e quem votou em mim. Votei contra a MP 527, que flexibilizou a lei de licitações para a Copa. No Código Florestal, contra a anistia fiscal para quem desmatou, além de tantos outros.
Mas tem mais, tem as emendas ao orçamento (cada parlamentar tem direito a uma cota para fazer emendas ao orçamento e destinar recursos públicos para o que achar necessário), agora com caráter impositivo, com o governo sendo obrigado a executar as emendas. Enquanto muitos deputados colocaram suas emendas em coisas não relevantes, as minhas foram, por exemplo, para a compra de remédios para os hospitais públicos e para a construção de escolas de tempo integral. Coloquei os recursos públicos onde a população mais precisa, cumprindo a minha obrigação e dando uma contribuição direta para melhorar a qualidade dos serviços públicos essenciais.
Pela minha atuação, fui escolhido pelos jornalistas que cobrem o Congresso como um dos três melhores deputados e em três anos consecutivos para o prêmio Congresso em Foco. E mesmo sendo um deputado aqui de primeira legislatura.
Quanto ao meu mandato economizar dinheiro público, economizo de verdade e na prática! No meu primeiro dia do mandato, abri mão dos salários extras, reduzi minha verba de gabinete, o número de assessores de 25 para apenas 9, entre outras medidas, que geraram uma economia direta aos cofres públicos de mais de R$ 2,3 milhões. Economia que se fosse repetida pelos outros 512 deputados, daria mais de R$ 1,2 bilhão. Infelizmente, as pessoas não sentem o dinheiro público como se fosse delas. Se sentissem, talvez dessem mais valor a alguém que reduz a verba de gabinete, que reduz o número de assessores, que gasta menos e poupa o dinheiro público. Se na nossa casa, conseguíssemos reduzir a despesa mensal para menos da metade da que é hoje, ficaríamos felizes porque é o nosso dinheiro, mas como é o dinheiro público as pessoas, às vezes, não dão o devido valor. Mas, para mim, o que vale na vida é a gente fazer a nossa parte. E eu vou continuar fazendo a minha até o último dia em que estiver aqui.
Tenho muito orgulho de ter honrado absolutamente todos os pontos que escrevi no meu panfleto de campanha, de ter honrado o compromisso que assumi com quem votou em mim. Infelizmente, não são todos aqui que podem dizer isso.
“Os fracos só criticam, mas aqueles que criticam e contribuem para as mudanças se fazem fortes críticos”. Ivan Rodrigues.