Atirador de elite do Bope:
– Cabeça na mira da HK.
– Permissão para abater, senhor!
Comando do Bope:
– Estraçalhar ladrão que nem papel.
– Fogo!
Portal Brasil
Operação das forças de segurança cumpriu 15 dos 40 mandados de prisão e deteve 18 pessoas. Dois homens foram mortos em confronto
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, afirmou que as tropas federais estão no Rio de Janeiro para apoiar o povo. Segundo ele, a operação deste fim de semana e as outras já implementadas derrubam o mito do crime organizado poderoso. “Ele não é nem organizado nem poderoso”, afirmou neste sábado (5), durante entrevista à imprensa.
“A ação já produz resultados importantes. O primeiro é que acaba com o mito do crime organizado poderoso”, argumentou. “O crime não resiste à ação legal, obediente à lei e inerente ao Estado Democrático de Direito. Tanto é que a resistência é mínima”, observou.
Neste sábado (5), o ministro participou de entrevista à imprensa para falar sobre a segunda fase da ação contra o crime organizado no estado, batizada de Onerat (carga, em latim). Até o início da tarde, 18 pessoas foram presas e dois terminaram mortos em confrontos com a polícia.
Jardim destacou a importância da união entre os governos federal e estadual, entre as forças federais e as polícias militar e civil. “O governo em unidade pode e faz; o governo unido, acontece”, afirmou.
Dados da operação Onerat
A operação conjunta das forças de segurança cumpriu 15 dos 40 mandados de prisão no Complexo do Lins, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, até o fim da manhã deste sábado. Nove criminosos já estavam presos e seis foram encontrados no conjunto de favelas. Duas pessoas morreram em confronto com policiais, segundo informações dadas pelo secretário estadual de segurança pública, Roberto Sá.
Uma das mortes foi em enfrentamento com a Polícia Civil, no Complexo do Lins, e a outra foi no Morro de São João, na zona oeste, em um embate com a Polícia Militar. A Operação Onerat é a segunda ação conjunta entre as forças de segurança pública estaduais e nacionais e as Forças Armadas no Rio de Janeiro. Além do Complexo do Lins, policiais entraram em outras comunidades na zona oeste e norte, como a Covanca, o Chapadão e a Pedreira.
Três prisões em flagrante também foram efetuadas nas comunidades e outros dois menores foram apreendidos. As forças ainda encontraram três pistolas e duas granadas, além de quantidades de entorpecentes que estão sendo contabilizadas pelas forças de segurança.
Apreensão de armas
O secretário estadual de segurança pública explicou que os criminosos buscam guardar as armas de forma espalhada, o que dificulta a apreensão de grandes arsenais a partir do cumprimento de mandados de busca em residências específicas.
“É sempre expectativa nossa apreender o fuzil. Hoje, a lógica dos criminosos é diferente. Cada criminoso acautela sua arma de fogo”, disse ele, acrescentando que “se esses fuzis não forem apreendidos hoje, serão outro dia”.
A operação continua a ser realizada ao longo do dia, e os números devem ser atualizados pelos órgãos envolvidos. As Forças Armadas atuaram com 3,6 mil militares. A Polícia Civil mobilizou 330 agentes e 30 delegados; e a Polícia Militar, 574 agentes. O apoio da Força Nacional envolveu 256 agentes, e a Polícia Federal levou 26 policiais. Por parte da Polícia Rodoviária Federal, 115 agentes atuaram nas estradas.
Com informações do Ministério da Justiça e da Segurança Pública e da Agência Brasil