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Pré-candidato do PSB ao GDF mistura marketing e oportunismo, distorcendo fatos para atacar Ibaneis
O Distrito Federal assiste a um déjà vu político. Ricardo Capelli, pré-candidato ao Governo do DF pelo PSB, resgata estratégias já vistas — e fracassadas — na capital: muito marketing, oportunismo e uma clara tentativa de ludibriar o eleitor. Na última semana, Capelli anunciou uma caminhada pela comunidade de Santa Luzia, na Estrutural, para “revelar” que a urbanização do local é fruto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, acusando o governador Ibaneis Rocha (MDB) de esconder a informação.
Só há um problema: a narrativa não condiz com a realidade. Em entrevista ao Correio Braziliense em 4 de abril de 2025, Ibaneis não apenas reconheceu a participação federal como celebrou o contrato de R$ 260 milhões, citando nominalmente o presidente Lula, o PAC e o ministro Jader Filho. *”Temos ainda que comemorar muitas coisas. A assinatura daquele contrato, ontem (3/4), com o Banco Itaú, com a ajuda do PAC e do presidente Lula, e do ministro Jader Filho, que colocou recursos do Fundo de Garantia”*, afirmou o governador. Nada foi omitido.
Estratégia velha, resultados conhecidos
Capelli também revive outra tática já desgastada: as encenações de “imersão” nas cidades-satélites, herança de seu padrinho político, Rodrigo Rollemberg. Em 2014, Rollemberg criou o “Roda de Conversa”, visitando regiões para “ouvir a população”. Resultado? Foi rejeitado nas urnas em 2018, derrotado por Ibaneis. Agora, Capelli tenta o “Turistando”, percorrendo administrativas para vender imagem de “homem do povo” — sem, no entanto, apresentar um plano de governo ou propostas concretas.
As contradições não param aí. Em janeiro, Capelli anunciou que se mudaria para o Sol Nascente e usaria transporte público para “ouvir as pessoas”, segundo o Correio. Dias depois, prometeu o mesmo em Samambaia, provocando a ira de parlamentares locais. O deputado Joaquim Roriz Neto (PL), neto do fundador da cidade, rebateu: “Samambaia é uma das cidades mais desenvolvidas que tem. Lá tem casa que vale mais de um milhão. Lote a R$ 10 mil o m²”.
Gestão é obra, não retórica
Recursos federais e empréstimos são comuns. O que define um bom governo é a capacidade de transformá-los em resultados. Ibaneis deixou isso claro em 2021, também ao Correio: “Quando assumi em 2019, não existiam projetos. Agora, em quase 3 anos, vamos fechar 1.400 obras no DF”.
Quem lembra do desabamento do viaduto do Eixão Sul, na gestão Rollemberg, sabe que promessas não constroem infraestrutura. A tragédia foi fruto de inação — problema corrigido apenas sob Ibaneis.
A pergunta que fica: um candidato que distorce fatos na campanha, o que fará no poder?
Ao eleitor, cabe desconfiar do conto do “político que ouve” — e cobrar propostas, não teatro.
