
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante [PL-RJ], anunciou nesta terça-feira [8] que o partido vai encerrar as ações de obstrução nas comissões e no plenário da Casa. A decisão ocorre em meio ao avanço da coleta de assinaturas para o requerimento de urgência do projeto de lei que propõe anistia a condenados pelos ataques “golpistas de 8 de janeiro de 2023”.
Até o momento: 17:21 desta terça-feira, 8 de abril, já contamos com 208 assinaturas em apoio ao requerimento de urgência para a votação do PL da Anistia.
Seguimos firmes na luta por justiça, liberdade e pelo devido processo legal.
Anistia já! pic.twitter.com/weej5alfrm— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) April 8, 2025
Segundo o deputado, o requerimento já conta com 208 assinaturas — 49 a menos que o mínimo necessário [257] para que a proposta seja incluída diretamente na pauta do plenário, sem depender de aval da Presidência da Câmara, atualmente ocupada por Hugo Motta [Republicanos-PB].
“Estamos apostando no diálogo com os colegas parlamentares, que vêm se sensibilizando com essa pauta de justiça, de humanidade e de pacificação nacional”, publicou Sóstenes em sua conta na rede X [antigo Twitter]. Ele afirmou ainda que a obstrução será suspensa como sinal de boa-fé nas negociações.
O movimento da legenda busca pressionar deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro [PL], que ainda não assinaram o requerimento. O tom adotado pelo partido nas redes sociais tem sido de cobrança direta, sugerindo que a ausência de apoio pode ser interpretada como uma “traição” ao ex-presidente.
“Faltam apenas 49 assinaturas para a anistia ser pautada. Estamos mais perto do que nunca. A justiça está a caminho. A liberdade dos inocentes está batendo na porta do plenário. Cobre seu deputado. Não é hora de recuar – é hora de pressionar com fé, coragem e esperança!”, escreveu o parlamentar.
A proposta de anistia divide o Congresso e é criticada por setores do Judiciário e da sociedade civil, que veem na medida um risco à responsabilização de atos antidemocráticos. Já defensores da matéria argumentam que muitos dos condenados são cidadãos comuns que foram punidos de forma desproporcional.