Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro [PL], o vereador eleito por Balneário Camboriú, Jair Renan Bolsonaro [PL-SC], pagou à vista uma dívida bancária que, com juros e multa por atraso, ultrapassou os R$ 433 mil. O pagamento foi realizado na última sexta-feira [28/2], conforme um comprovante bancário identificado pela reportagem do Metrópoles, no valor de R$ 409.542,14.
A escalada da dívida: juros e multa por inadimplência
O débito teve origem em junho de 2023, quando a empresa RB Eventos e Mídia Eireli, de Jair Renan, contratou um empréstimo de R$ 291,4 mil junto ao banco Santander. No entanto, a falta de pagamento gerou encargos financeiros, elevando o montante para R$ 360,2 mil em um primeiro momento. A cobrança judicial, movida pela instituição financeira, acelerou o acúmulo da dívida, que atingiu R$ 433,3 mil, considerando a incidência de juros e mora.
Diante da cobrança judicial, Jair Renan solicitou um acordo, alegando não ter condições de quitar a dívida integralmente. O Santander aceitou renegociar os termos e concedeu um desconto parcial, permitindo que o pagamento fosse efetuado em uma única parcela.
Condições do acordo
O contrato firmado entre as partes estipulava que o pagamento deveria ser realizado até o dia 28 de fevereiro, sob pena de aplicação de uma multa de 2% sobre o valor atualizado da dívida. Caso o acordo fosse descumprido, a instituição financeira teria o direito de reverter a negociação e reconstituir o débito nos termos originais, podendo inclusive executar medidas de cobrança, como retenção de valores da conta bancária ou apreensão de bens do vereador eleito.
Com a quitação do débito, o processo judicial deve ser encerrado. O caso, no entanto, reforça o impacto dos encargos financeiros sobre inadimplentes e o peso das renegociações bancárias, especialmente em um cenário de alta das taxas de juros no Brasil.