O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) reafirma seu papel como centro de excelência na formação de médicos especialistas. No encerramento de mais um ciclo de residência médica, 40 profissionais concluem sua especialização e estão aptos a atuar em suas respectivas áreas, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na iniciativa privada. Paralelamente, um novo grupo de residentes iniciou seu treinamento na unidade neste mês.
A médica Laura Olívia Tavares, que concluiu a residência em clínica médica, elogia a qualidade da formação oferecida. “O programa de clínica médica do Hran é excelente. Considero um dos melhores de Brasília, apesar dos desafios do SUS”, afirma.

Durante dois anos, os residentes dedicam-se a uma carga horária de 60 horas semanais, conciliando atendimento hospitalar, aulas teóricas e práticas, além do desenvolvimento de pesquisas científicas. Atualmente, a unidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) conta com 80 residentes distribuídos em programas de especialização em cirurgia geral, cirurgia plástica, clínica médica, cirurgia do aparelho digestivo, anestesiologia, ginecologia e obstetrícia, pneumologia, doenças do sono e dermatologia.
Padrão-ouro na formação médica
Para o coordenador da Comissão de Residência Médica do Hran, Paulo Feitosa, a presença de programas de residência fortalece a qualidade assistencial e amplia as oportunidades de atuação para os novos especialistas. “A residência é o padrão-ouro na formação médica. Além de preparar profissionais altamente capacitados para o SUS, também impulsiona a qualificação na rede privada, beneficiando toda a sociedade”, explica.
Pesquisa e inovação na prática clínica
A produção científica é um dos pilares da residência no Hran. Além do atendimento hospitalar, os residentes são incentivados a desenvolver estudos clínicos e pesquisas acadêmicas. A Dra. Laura Olívia, por exemplo, realizou um estudo sobre sarcoidose pulmonar, uma doença inflamatória que pode ser confundida com outras condições clínicas. “O reconhecimento precoce da sarcoidose é essencial para evitar erros diagnósticos”, destaca.
Os ciclos de aulas e discussões entre os residentes garantem a troca constante de conhecimentos e aprimoram a capacidade diagnóstica da equipe. “Hospitais com residência médica têm maior precisão técnica, diagnósticos mais assertivos e tratamentos mais eficazes”, acrescenta Feitosa.
Jornada de Residentes e novos desafios
A culminância do ciclo de formação dos residentes ocorreu na XXXVI Jornada dos Médicos Residentes, realizada entre 17 e 21 de fevereiro, onde foram apresentados os trabalhos de pesquisa finalizados, além de palestras com especialistas renomados.
No último sábado (1º), um novo grupo de profissionais iniciou seus programas de residência no Hran, dando continuidade à tradição de formação de especialistas qualificados e comprometidos com a evolução da medicina e da assistência em saúde.