
A polarização tóxica entre Lula e Bolsonaro está criando um novo fenômeno no cenário político brasileiro: um eleitorado silencioso, mas crescente, que se recusa a entrar no jogo radical de narrativas engessadas.
São eleitores que enxergam além do embate ideológico e rejeitam a política como um espetáculo de compra e venda de moralidade nacional. Esse é o caso do analista de TI Lisboa Rodrigues, 36 anos, e da médica Carol Mascarenhas, 29, que decidiram aprofundar seus estudos sobre a trajetória de Ciro Gomes.
Ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco (1992-1994), ex-prefeito de Fortaleza (1989-1990), ex-governador do Ceará (1991-1994), ex-deputado estadual e federal e ex-ministro da Integração Nacional, Ciro representa para eles uma alternativa real à estagnação política.
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Rodrigues, que já confiou seu voto tanto a Lula quanto a Bolsonaro, acredita que a continuidade dessa polarização só empurra o Brasil para o atraso.
“Esse modelo já provou ser um freio para o país. O debate gira em torno de preferências pessoais, transformando o Estado em uma extensão da figura do governante”, afirma.
A médica compartilha da mesma frustração.
“Nem Lula nem Bolsonaro demonstraram compromisso com um projeto nacional de desenvolvimento. Ambos se veem como a única solução viável para os desafios estruturais, econômicos e sociais do Brasil. Felizmente, descobri que não são.”
Ambos garantem que, em 2026, romperão com o passado e depositarão um voto de confiança em Ciro Gomes, acreditando que o Brasil precisa de renovação, não de repetição.