Nos bastidores da política de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT} busca um espaço no governo para acomodar Arthur Lira [PP-AL], mas resiste à pressão do Progressistas para entregar o comando do Ministério da Saúde.
A pasta, historicamente cobiçada pelo Centrão devido ao grande orçamento e influência política, tem sido usada como moeda de troca, mas Lula avalia que ceder o posto ao PP seria dar poder a possíveis infiéis.
Embora Lira tenha deixado a presidência da Câmara em 2025, Lula sabe que sua influência não se dissipará, assim como ocorreu com Davi Alcolumbre [União-AP] após deixar o comando do Senado. O petista quer manter o alagoano por perto, seja como ministro ou indicando um nome de confiança para a Esplanada. A estratégia é garantir que Lira permaneça alinhado ao governo e reduza riscos de embates no Congresso.
No entanto, o próprio deputado tem manifestado desinteresse na oferta. Em 2026, ele enfrentará o clã Calheiros em Alagoas, grupo historicamente aliado ao PT, e prefere manter distância do governo para ter liberdade na disputar. O impasse segue, enquanto Lula tenta definir como manter Lira próximo sem comprometer o controle sobre a Saúde.
