
Direto do Congresso Nacional — As articulações para 2026 já movimentam os bastidores políticos em Brasília, e o MDB surge como peça-chave na formação da chapa presidencial.
O nome de quase consenso para ocupar a vice de Lula é o do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, herdeiro de uma das mais tradicionais famílias da política paraense e nacional.
A costura em torno de Jader Filho não é um movimento isolado. Nos corredores do Congresso, líderes emedebistas veem na aliança com o PT uma oportunidade de recolocar o partido no centro do poder.
O presidente do MDB, Baleia Rossi, tem manifestado, ainda que reservadamente, sua simpatia pela composição, enxergando nela uma forma de fortalecer a legenda em 2026.
A influência dessa possível coligação não se limitará ao Palácio do Planalto. Se a dobradinha PT-MDB for confirmada, o xadrez político no Distrito Federal é um dos estados que poderá sofrer mudanças significativas. A aliança entre os dois partidos já ocorreu em 2014, com Michel Temer como vice de Dilma Rousseff, e seu impacto foi sentido nas eleições regionais.
Nosso quintal
No DF, a movimentação tem potencial para mexer nos grupos que hoje dominam a cena política local. O MDB, que é o maior protagonista na capital federal, pode manter seu papel decisivo à frente do Governo do Distrito Federal [GDF]. Se confirmada, a aliança pode realinhar forças, desbancar possíveis aventureiros e fortalecer o combalido PT-DF.
Nos bastidores, políticos e articuladores reconhecem que, com 2026 se aproximando, o cenário que se desenha hoje pode ser completamente diferente amanhã. Afinal, na fala de Lula, na abertura da reunião ministerial em 20/01, em Brasília, declarou aos auxiliares que “2026 já começou” e que os adversários já estão em campanha.