O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal, criado pela Lei nº 3831/2006
Levantamento do portal S&DS aponta que a Secretaria de Estado de Saúde [SES-DF] gastou cifras milionários com aluguel do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal [Inas-DF] desde 2014, em contrato firmado com a empresa WR Empreendimentos Imobiliários Ltda; de locação da sede do Inas, no SCS Setor Comercial Sul – Quadra 09, Loja 15 (primeiro subsolo), Edifício Parque Cidade Corporate. Asa sul – Brasília/DF.
Desde então, o contrato passou por diversos aditivos e reajustes, mantendo vigência até 2025.

De 2014 a 2025, o valor total desembolsado da SES com aluguel soma impressionantes R$ 5.595.300,12. Esse montante é suficiente para adquirir uma sede própria em área nobre da capital, avaliam especialistas do setor.
Histórico de gastos
- 2014-2015: R$ 600 mil anuais, ou R$ 50 mil mensais;
- 2015-2018: Valor reduzido para R$ 480 mil anuais, equivalente a R$ 40 mil mensais;
- 2019-2020: Aluguel reduzido para R$ 33.100 mensais, totalizando R$ 397.200 no período;
- 2024-2025: Com novo reajuste, o valor mensal atual é de R$ 37.100, somando R$ 445.200 anuais.
Além do impacto financeiro, críticos apontam a ausência de planejamento para aquisição de um imóvel próprio como um exemplo de má gestão dos recursos públicos.
Apesar do investimento continuado em aluguel, não há indícios de que a construção de uma sede própria esteja nos planos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal [SES-DF], órgão responsável pelo contrato.
O Professor Antônio Flávio Testa, cientista político, ouvido por S&DS acredita que a SES possa explicar por que gastaram e continuam gastando tanto com aluguel da sede do Inas, nos últimos anos.
“Penso que essas decisões variam de acordo com interesses dos dirigentes. Realmente os custos com uma sede própria parecem, pela sua projeção, seriam menores. Ademais, existem muitos imóveis a venda. Talvez a pasta possa explicar porque gastaram tanto com aluguel, já que poderiam ter sede própria. E explicar para os servidores e a população” ressaltou o Professor Antônio Flávio Testa cientista político.
A renovação frequente dos termos do contrato levanta questionamentos sobre a eficiência e a sustentabilidade dessa despesa.
Com o contrato vigente até janeiro de 2025 e um custo anual que ultrapassa R$ 445 mil, a polêmica sobre os gastos com aluguel do Inas reflete um problema recorrente no uso dos recursos públicos no Distrito Federal, que perpassam diversos governos, aos olhos do TCDF e MPDFT.