Vereadoras Geyciane Rosa de Oliveira e Regina Carminda Lourenço Miquelante são investigadas por organização criminosa e desvio de R$ 500 mil em Nerópolis

São investigados possíveis crimes de organização criminosa, fraude em licitação, contratação irregular, peculato, falsidade ideológica, corrupção e lavagem de dinheiro

A vereadora por Nerópolis Geyciane Rosa de Oliveira [PL], conhecida como Geyci da Saúde, é suspeita de desviar mais de R$ 500 mil da Secretaria de Saúde do município. Além dela, outras duas vereadoras estariam envolvidas. Uma delas é a presidente da Câmara Municipal, Regina da Saúde [MDB]. Ela seria beneficiada pelo esquema de Geyci e foi alvo de busca e apreensão.

Foto: Reprodução – Redes Sociais: Geyciane Rosa De Oliveira – Geyci Da Saúde
Regina Carminda Lourenço Miquelante – Regina da Saúde

Em uma ação conjunta, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado [Gaeco] do Ministério Público de Goiás [MPGO] e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios [MPDFT] deflagraram, na manhã desta terça-feira, 28 de janeiro, a Operação Abstersio. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que atuava na Secretaria Municipal de Saúde de Nerópolis [GO] desde 2017.

Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em diversas localidades, incluindo Nerópolis, Goiânia, Jataí e Brasília. Além disso, a Justiça de Goiás determinou o bloqueio de bens dos investigados até o valor de R$ 1,5 milhão. São investigados possíveis crimes de organização criminosa, fraude em licitação, contratação irregular, peculato, falsidade ideológica, corrupção e lavagem de dinheiro.

As investigações indicam que a organização criminosa fraudava procedimentos licitatórios e dispensas de licitação em diversas áreas da saúde, como treinamento, assessoramento e consultoria. Os contratos eram firmados com empresas e profissionais que não possuíam a qualificação técnica necessária para a prestação dos serviços, evidenciando a existência de um esquema de favorecimento.

Entre as diversas irregularidades identificadas, destaca-se a contratação de uma pessoa não alfabetizada para prestar serviços de representação do município junto à Central de Medicamentos de Alto Custo. A investigação aponta ainda para a possibilidade de que parte dos serviços contratados não tenha sido efetivamente prestada.