A Secretaria de Saúde do Distrito Federal [SES-DF] enfrenta um novo episódio de evasão de servidores, levantando questionamentos sobre a atratividade da carreira no serviço público. Foi publicado hoje [29], no DODF, o desligamento de 13 profissionais efetivos, entre médicos, técnicos em saúde, analistas e agentes de vigilância.
Entre os médicos que deixaram a rede estão Marcos Antonio Vieira Honorato [Ortopedia e Traumatologia], Jacqueline Maria da Silveira [Ginecologia e Obstetrícia], Jorge Vaz Pinto Neto [Hematologia], Bruno Luis Oliveira Correa [Clínica Médica], Guilherme Inácio Bertoldo de Melo e Patriarca da Silva Neiva [Cirurgia Oncológica] e Marcos Vinicius Oliveira Souza [Neonatologia].
A categoria de técnicos em saúde também sofreu baixas com a saída de Pedro Silva Bezerra da Guirra [Técnico em Enfermagem], Jose Luis Alves Feitosa Filho [Técnico em Laboratório de Patologia Clínica] e Kelly Julien Soares Sardinha [AOSD-Farmácia]. Além deles, o Analista de Sistemas Anderson Garofalo Pinto e o Técnico Administrativo Ladijane Gomes Silva Santos também optaram por deixar a SES-DF. No setor de vigilância ambiental, Ana Micaelle da Silva Mendes e Ana Caroliny de Oliveira Pinheiro também pediram desligamento.
O fenômeno da evasão de servidores da saúde pública no DF não é recente, mas vem se agravando nos últimos anos. Entre os principais fatores estão a estagnação salarial, condições de trabalho precárias e a sobrecarga de atendimento. Sem reajustes compatíveis com a inflação e enfrentando dificuldades operacionais, muitos profissionais têm buscado alternativas na iniciativa privada ou em outros entes federativos que oferecem melhores condições.
A saída desses profissionais representa um impacto significativo na qualidade do atendimento, especialmente em áreas já carentes de especialistas, como a hematologia e a neonatologia. Além disso, a redução do quadro de técnicos e agentes de saúde afeta diretamente a execução de serviços essenciais, comprometendo a eficiência da rede pública de saúde.
Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de políticas mais atrativas para a permanência desses profissionais, com revisão salarial, melhores condições de trabalho e maior reconhecimento para evitar o esvaziamento de talentos da rede pública de saúde do DF.