Levantamento do portal S&DS aponta que o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (INAS) acumula gastos milionários com aluguel desde 2014, em contrato firmado com a empresa WR Empreendimentos Imobiliários Ltda. Localizado no Setor Comercial Sul, em Brasília, o imóvel de 1.216,68 m² foi inicialmente alugado por R$ 600 mil anuais. Desde então, o contrato passou por aditivos e reajustes, mantendo vigência até 2025.
De 2014 a 2025, o valor total desembolsado pelo INAS com aluguel soma impressionantes R$ 5.595.300,12. Esse montante é suficiente para adquirir uma sede própria em área nobre da capital.
Histórico de gastos
- 2014-2015: R$ 600 mil anuais, ou R$ 50 mil mensais;
- 2015-2018: Valor reduzido para R$ 480 mil anuais, equivalente a R$ 40 mil mensais;
- 2019-2020: Aluguel reduzido para R$ 33.100 mensais, totalizando R$ 397.200 no período;
- 2024-2025: Com novo reajuste, o valor mensal atual é de R$ 37.100, somando R$ 445.200 anuais.
Além do impacto financeiro, críticos apontam a ausência de planejamento para aquisição de um imóvel próprio como um exemplo de má gestão dos recursos públicos. Apesar do investimento continuado em aluguel, não há indícios de que a construção de uma sede própria esteja nos planos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), órgão responsável pelo contrato.
O Professor Antônio Flávio Testa, cientista político, acredita que o INAS possa explicar por que gastaram tanto com aluguel, nos últimos anos.
“Penso que essas decisões variam de acordo com interesses dos dirigentes. Realmente os custos com uma sede própria parecem, pela sua projeção, seriam menores. Ademais existem muitos imóveis a venda. Talvez o comando do INAS possa explicar porque gastaram tanto com aluguel, já que poderiam ter sede própria. E explicar para os servidores e a população” ressaltou o Professor Antônio Flávio Testa cientista político.
A renovação frequente dos termos do contrato, iniciada na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg e mantida pelos governos subsequentes, levanta questionamentos sobre a eficiência e a sustentabilidade dessa despesa.
Com o contrato vigente até janeiro de 2025 e um custo anual que ultrapassa R$ 445 mil, a polêmica sobre os gastos com aluguel do INAS reflete um problema recorrente no uso dos recursos públicos no Distrito Federal.
S&DS entrou em contato com o INAS para se posicionar sobre o tema, mas não obteve retorno até o o fechamento da matéria. O espaço permanece em aberto para posterior posicionamento.