A família de Paula diz que Caio Mello nunca ofereceu ajuda
Paula ficou 38 dias internada e 10 dias na UTI em estado grave, no Hospital de Base, em Brasília. Durante a internação, ela e o então namorado, que pilotava a moto e também foi atropelado, terminaram o relacionamento.
Caio Ericson Ferraz Pontes de Mello, o motorista réu na justiça por tentativa de homicídio responde ao processo em liberdade. Ele é comissionado do Senado Federal, no gabinete do senador Lucas Barreto (PSD-AP), com salário de R$ 14 mil.
Paula Thaís de Oliveira, aos 23 anos, teve que amputar a mão esquerda, sofreu fraturas nos joelhos, ferimentos graves no pé, ombros, abdômen e perdeu as duas mamas.
A jovem de 18 anos à época, estava como passageira em uma moto quando foi atropelada e arrastada por 4 km por um carro no Lago Sul, no Distrito Federal.
Passados quatro anos do acidente ainda sem julgamento, Paula Thaís, conta como está sua vida: ela casou com o homem que prestou socorro e juntos tiveram um bebê, que está com um ano e sete meses atualmente.
Quem ajudou Paula foi João Pedro Santos, que ela conhecia há uma semana. Ele estava perto do local do acidente. Durante a recuperação da jovem, os dois se aproximaram e a amizade virou um história de amor.
“Eu já falei pra Paula uma vez, daria um filme”, diz João Pedro.
O acidente aconteceu por volta das 2h30 de 16 de agosto de 2020, na QI 19 do Lago Sul – área nobre de Brasília. Paula estava em uma moto com um rapaz de 20 anos, que era seu namorado à época. Eles saíam de uma lanchonete e estavam a caminho de casa, em São Sebastião.
Entenda como foi o acidente:
- O então namorado de Paula reduziu a velocidade da moto para passar por um radar de fiscalização eletrônica;
- Nesse momento, a moto foi atingida por um carro que vinha atrás, segundo a vítima, em alta velocidade. O automóvel era um Volkswagen modelo UP dirigido por Caio Ericson Ferraz Pontes de Mello;
- O namorado de Paula foi lançado para a pista no momento da batida. Paula ficou presa ao capô do veículo;
- A jovem seguiu presa no capô até a altura da QI 23, sendo arrastada por cerca de 4km;
- O motorista do carro fugiu sem prestar socorro.
“Lembro como se tivesse presa, gritando pedindo socorro. Como se tivesse batendo a mão no carro – não sabia onde tava a outra (mão) – sendo arrastada”, conta Paula.
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Com informação do g1 DF.