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Grupo de Saúde Chinês Analisa Compra da Rede D’Or, Maior Empresa do Setor na América Latina

Grupo de Saúde Chinês Analisa Compra da Rede D'Or, Maior Empresa do Setor na América Latina
Ivan Rocha @ivanrocha

A Rede D’Or, gigante do setor de saúde na América Latina, atrai o interesse do terceiro maior grupo de saúde da China, que avalia sua aquisição. Com 77 hospitais e 55 clínicas oncológicas em 14 estados e no Distrito Federal, a Rede D’Or apresenta números robustos que justificam o apetite estrangeiro.

No primeiro trimestre de 2024, a empresa reportou uma receita líquida de R$ 565,1 milhões, crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2023, e um EBITDA ajustado de R$ 123 milhões, aumento de 10% anual, com margem EBITDA de 21,9%. Seu lucro líquido ajustado alcançou R$ 4,8 milhões, 49% superior ao ano anterior.

Infraestrutura e capacidade de atendimento

A infraestrutura impressiona: são mais de 2 mil leitos, incluindo 500 em UTIs, 100 salas cirúrgicas e 17 hospitais recém-incorporados. A Rede D’Or realiza mais de 100 mil cirurgias anuais e 1,2 milhão de atendimentos em pronto-socorros, com taxa média de ocupação de 75,7%. No segmento oncológico, a receita líquida cresceu 37%, atingindo R$ 43 milhões no trimestre.

Custos e estratégias operacionais

Os custos operacionais totalizaram R$ 442,9 milhões no primeiro trimestre de 2024, com um aumento de 3% comparado ao ano anterior, impulsionado principalmente por despesas com pessoal, que cresceram 13%. A reclassificação de mão de obra terceirizada contribuiu para esse aumento.

Por outro lado, serviços de terceiros registraram queda de 2%, e as despesas com materiais e medicamentos tiveram um incremento moderado de 3%.

Atratividade para investidores

O desempenho financeiro, aliado à alta capacidade operacional, reforça a atratividade da Rede D’Or para investidores internacionais. A geração de caixa operacional somou R$ 104 milhões no trimestre, enquanto o crescimento do EBITDA ajustado demonstra resiliência em um mercado desafiador.

Se concretizada, a aquisição marcaria um novo capítulo no setor de saúde da América Latina, ampliando a influência global do grupo chinês e potencialmente redefinindo o panorama competitivo regional.