Militares indicam Mauro Cid como delator de plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

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O suposto plano de assassinar Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 teria sido debatido em um encontro na casa do general Braga Netto em 12 de novembro daquele ano.

Nesta terça-feira, a Polícia Federal prendeu um policial e quatro militares do Exército conhecidos como ‘kids pretos’. O grupo teria conspirado para um golpe de Estado e para o assassinato de autoridades, com o objetivo de impedir a posse de Lula em janeiro de 2023.

Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR

O encontro mencionado, realizado em 12 de novembro de 2022, foi confirmado por Mauro Cid, ex-assessor próximo de Bolsonaro, e por materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes, preso nesta terça-feira (19) sob suspeita de planejar o atentado.

Cid foi convocado para um novo depoimento nesta terça-feira (19), após a Polícia Federal recuperar dados anteriormente apagados de seus computadores. A investigação é parte das apurações sobre a tentativa de golpe.

No meio militar, há aqueles que afirmam que os supostos dados recuperados de Cid são, na verdade, fruto de uma colaboração voluntária, classificando-o como um “delator a serviço dos comunistas”.