Escalada de tensão política culmina em ato violento em frente ao STF; insatisfação liderada por Bolsonaro alcança proporções de terrorismo
A escalada de tensões políticas no Brasil, impulsionada pela insatisfação de segmentos bolsonaristas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), atingiu um novo e alarmante patamar na noite desta quarta-feira (13). Um carro explodiu no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados, localizado em frente ao STF, em um episódio que levanta sérias preocupações sobre os rumos do discurso de ódio e radicalização.
O veículo, que pertence a Francisco Wanderley Luiz, foi o centro da tragédia. Segundo Ulisses Gabriel, delegado-geral de Santa Catarina, e confirmado pela Polícia Civil do Distrito Federal, Francisco, que foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal (PL) em 2020, morreu nas explosões.
⚠️ IMAGENS FORTES
STF liberou as filmagens do atentado de ontem próximo à estátua de Themis, a deusa da justiça. pic.twitter.com/uxgVxq6rEb
— Camarote da República (@camarotedacpi) November 14, 2024
O incidente, ocorrido por volta das 19h30, em um intervalo de cerca de 20 segundos, revelou um cenário inquietante: fogos de artifício e tijolos foram encontrados no porta-malas do carro, reforçando o clima de alerta máximo.
Ministros do STF, que desde 2019 são alvo de ataques políticos, reagiram com veemência ao atentado. Em mensagens direcionadas aos principais líderes do Congresso Nacional, deixaram claro que não tolerarão qualquer discussão sobre anistia para envolvidos em crimes que afrontem as instituições democráticas. “Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”, teria sido o recado transmitido.
Bolsonaro se manifestou sobre a situação
– Pela pacificação,
– Lamento e repudio todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem na Praça dos Três Poderes. Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 14, 2024
O ato violento acendeu um novo sinal vermelho quanto à segurança pública e ao ambiente de polarização política no país, que, alimentado por discursos radicais e retóricas de confronto, aproxima-se perigosamente de cenários de violência extrema.