A 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) anulou a condenação do deputado distrital Hermeto Neto (MDB), que havia sido acusado de homofobia após criticar o beijo entre dois casais de policiais militares. Inicialmente, o parlamentar foi sentenciado a 2 anos de reclusão e ao pagamento de R$ 50 mil a cada uma das vítimas, mas foi absolvido pela instância superior.
O caso começou quando Hermeto, em um grupo de WhatsApp, chamou o beijo entre os policiais de “pederastia” ao comentar uma imagem que circulava na ocasião. A foto mostrava um casal gay e um casal lésbico se beijando durante a formatura do curso de formação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Uma das pessoas retratadas, a policial Cely Danielle Braga Farias, processou o deputado, exigindo reparação por danos morais.
Hermeto se defendeu afirmando que sua crítica não tinha conotação homofóbica, mas estava relacionada ao fato de os policiais estarem em um evento formal, usando trajes de gala da PMDF, onde, segundo ele, protestos e atos semelhantes são proibidos pelas normas da corporação. “Nunca fui homofóbico. Me pronunciei depois que os próprios envolvidos usaram as redes sociais para protestar durante a cerimônia. Vários integrantes da Polícia Militar pediram meu posicionamento sobre o ocorrido, e apenas critiquei o comportamento por estar em desacordo com o regulamento”, justificou o deputado.