Secretaria de Saúde do Rio cria centro de emergência para monitorar transplantes após caso de contaminação

Secretaria de Saúde do Rio cria centro de emergência para monitorar transplantes após caso de contaminação

Após o episódio de contaminação em transplantes de órgãos, Secretaria de Saúde do RJ adota medidas para garantir a segurança dos procedimentos.

Em resposta ao incidente de contaminação envolvendo pacientes transplantados no estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde anunciou a criação de um Centro de Emergência para acompanhar os casos e reforçar a segurança dos procedimentos relacionados a transplantes. A medida foi divulgada após uma manifestação pública registrada pelo cidadão Ivan Rodrigues da Rocha, que questionava o episódio.

De acordo com a secretária de Saúde, Claudia Mello, o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COEs) começou a atuar nesta segunda-feira, com encontros diários entre os profissionais de saúde para coordenar as ações de resposta e garantir a proteção dos pacientes. “O objetivo é oferecer respostas rápidas e mitigar os impactos desse fato absurdo e sem precedentes”, declarou a secretária.

Além da criação do centro, a Secretaria já iniciou inspeções da Vigilância Sanitária nas unidades hospitalares responsáveis pela captação de órgãos. Equipes especializadas em segurança do paciente também estão visitando os hospitais transplantadores para revisar as práticas e garantir que os protocolos de segurança sejam rigorosamente cumpridos.

Empresas que receberam R$ 50 milhões da Fundação Saúde estão ligadas à família do diretor do instituto
Sala tem empresas contratadas da Fundação Saúde e firmas da família de João Ricardo da Silva Pilotto que ocupa o cargo mais alto dentro da Fundação — Foto: Reprodução/TV Globo

O laboratório privado envolvido no programa de transplantes, contratado por licitação, teve suas atividades suspensas e foi interditado cautelarmente. Os exames laboratoriais foram transferidos para o Hemorio, que também está reavaliando todas as amostras de sangue coletadas de doadores entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, período de atividade do laboratório. Uma sindicância foi instaurada para investigar as responsabilidades e punir os envolvidos.

O Hospital Universitário Pedro Ernesto foi designado como referência no atendimento aos pacientes afetados, que já estão recebendo tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria também criou uma comissão multidisciplinar para oferecer suporte e identificar as necessidades específicas dos transplantados.

Claudia Mello ressaltou que o serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro, que já salvou mais de 16 mil vidas desde 2006, sempre foi marcado pela excelência. A secretária finalizou afirmando que todos os esforços estão sendo feitos para evitar que situações como essa se repitam.

A ação rápida da Secretaria de Saúde visa restaurar a confiança nos programas de transplante, que são fundamentais para salvar vidas em todo o estado.