A jornada que a água percorre, desde os mananciais até chegar às casas dos brasilienses, é longa e cheia de cuidados. A qualidade da água é uma prioridade constante, e para garantir que ela esteja segura para consumo, órgãos como a (Caesb) Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal e a (Adasa) Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF aprimoram regularmente seus métodos de tratamento e monitoramento.
A Caesb é responsável por garantir que a água chegue potável aos consumidores. Alessandra Momesso, gerente de Monitoramento da Qualidade da Água, explica que a companhia supervisiona todo o ciclo da água. “Nós captamos água de rios, barragens e represas, e essa água é transportada até as estações de tratamento. Após passar por várias etapas de purificação, a água tratada é armazenada e distribuída. Depois de consumida, ela retorna como efluente para as estações de tratamento de esgoto, onde é novamente tratada antes de ser devolvida aos corpos hídricos. Monitoramos a qualidade em todas essas etapas”, detalha Momesso.
Cláudia Simões, gerente do Sistema Produtor de Água Centro, destaca a tecnologia envolvida nas operações. “Nossas estações de tratamento são altamente automatizadas. A Caesb inova continuamente, tanto em análises laboratoriais quanto nos processos de tratamento, que variam conforme a qualidade da água bruta. Monitoramos os resultados em tempo real, garantindo que a água tratada atenda aos padrões de qualidade”, afirma Simões.
A inovação é uma prática constante. “A Caesb renova anualmente seus equipamentos e adota novas técnicas, sempre buscando aprimorar os ensaios e garantir que a água esteja dentro das exigências legais, assegurando o consumo seguro para a população”, acrescenta Momesso.
Monitoramento dos Mananciais
A Adasa também exerce papel fundamental, monitorando a qualidade dos mananciais que abastecem o Distrito Federal. Essas informações estão acessíveis ao público por meio de uma plataforma online, o Sistema de Informações Sobre Recursos Hídricos do DF (Sirh). “Qualquer pessoa pode acessar e consultar os dados de qualidade da água nas unidades hidrográficas monitoradas pela Adasa”, explica Gustavo Carneiro, superintendente de Recursos Hídricos.
Carneiro compara o monitoramento da água a exames de saúde: “Assim como um check-up, o diagnóstico da água avalia vários parâmetros que podem indicar anomalias ou interferências inesperadas. Atualmente, monitoramos quase 80 pontos em 40 unidades hidrográficas no DF”, informa.
A importância desse monitoramento vai além do Distrito Federal. “Estamos nas cabeceiras de três grandes bacias hidrográficas nacionais: São Francisco, Araguaia-Tocantins e Paranaíba-Paraná. O que acontece aqui impacta diversas regiões do Brasil, o que torna o nosso trabalho essencial não apenas para o DF, mas para todo o país”, conclui Carneiro.
Além de água potável nas torneiras, os brasilienses desfrutam de espaços como o Lago Paranoá, um local popular para lazer e atividades aquáticas. O garçom Wemerson Santana compartilha seu apreço: “É maravilhoso ter um lugar tão bonito para aproveitar. O Lago Paranoá é um orgulho para todos nós que vivemos aqui. Isso é vida para a gente; sem água, não somos nada”.