A administração regional do Riacho Fundo I tem se mostrado um terreno árido para os deputados distritais que se aventuram a indicar seus administradores.
A chamada “maldição da não reeleição” parece assombrar aqueles que, ao longo dos anos, assumiram a responsabilidade de apontar o comando local. Esse fenômeno começou com o deputado Cristiano Araújo, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e alcançou Valdelino Barcelos, do Partido Progressistas (PP). Todos, após suas indicações, não conseguiram assegurar suas reeleições.
A pergunta que fica no ar é: por que o Riacho Fundo I se tornou uma espécie de armadilha política para seus padrinhos? Será que o problema reside nos próprios deputados, em suas equipes, ou nas articulações políticas locais? Ou será que os eleitores da cidade simplesmente não estão atentos ou preocupados com quem está no comando?
O atual deputado distrital Hermeto (MDB), que tem em suas mãos a indicação do administrador do Riacho Fundo, deve olhar com atenção para essa trajetória. A história recente sugere que há uma falha estrutural ou de comando que precisa ser endereçada. A falta de uma liderança clara pode estar contribuindo para o caos administrativo e político. Casos como o episódio no Instituto de Saúde Mental (ISM), onde subordinados do deputado gravaram vídeos controversos, indicam que falta coesão e orientação dentro da equipe.
O cenário se agrava com a presença de figuras que se autoproclamam líderes e presidentes de associações, mas que não cumprem sequer com a formalidade de eleições regulares. Esse ambiente de desorganização lembra o ditado popular: “onde todo mundo manda e faz o que quer, vira casa de ninguém.”
Se Hermeto deseja escapar da maldição que afetou seus predecessores, precisará impor um comando claro e eficaz, alinhando seus subordinados e corrigindo o curso de sua administração no Riacho Fundo I.
O passado oferece lições valiosas para o presente. Resta saber se Hermeto será capaz de aprender com os erros de seus antecessores e evitar o destino que acometeu tantos antes dele. O tempo dirá se ele conseguirá quebrar essa maldição ou se seguirá o mesmo caminho de derrota.