Eleições na UnB gestão 2024/2028: vença quem vencer, estará nas mãos da esquerda

Eleições na UnB gestão 2024/2028: vença quem vencer, estará nas mãos da esquerda
Ivan Rocha @ivanrocha

Nos dias 20 e 21 de agosto, a Universidade de Brasília (UnB) se prepara para uma nova eleição que decidirá o comando da instituição para o período de 2024 a 2028. Com a eleição se aproximando, três chapas, todas compostas por mulheres com forte vínculo à esquerda política, competem pela reitoria e vice-reitoria da maior universidade do Distrito Federal, a quinta maior do país.

As principais candidatas que se destacam até o momento são Fátima Sousa (PSOL), enfermeira e professora da Faculdade de Ciências da Saúde; Rozana Naves (PT), professora do Instituto de Letras; e Olgamir Ferreira (PCdoB), atual decana de Extensão da UnB. Cada uma delas traz um histórico de engajamento político e acadêmico que ressoa fortemente com a tradição da UnB, uma instituição que sempre foi um bastião de resistência e inovação no cenário político e educacional brasileiro.

Eleições na UnB gestão 2024/2028: vença quem vencer, estará nas mãos da esquerda

Fátima Sousa, com sua sólida formação em saúde pública, foi uma figura central na implementação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde durante o governo Itamar Franco, um feito que lhe rendeu reconhecimento nacional.

Rozana Naves, com sua experiência em linguística e administração universitária, já ocupou cargos de relevância dentro da UnB e busca agora levar sua visão de participação e transformação à reitoria.

Eleições na UnB gestão 2024/2028: vença quem vencer, estará nas mãos da esquerda

Olgamir Ferreira, por sua vez, representa a continuidade da atual administração, com uma plataforma que promete avançar nas conquistas feitas durante sua gestão como decana.

Eleições na UnB gestão 2024/2028: vença quem vencer, estará nas mãos da esquerda

O cenário eleitoral reflete a expansão da UnB, tanto em termos de infraestrutura quanto de influência política. A universidade, que hoje possui campi em Ceilândia, Gama e Planaltina, ampliou seu alcance e as demandas das comunidades acadêmicas e locais. A disputa pelo comando da UnB transcende os muros da instituição, impactando diretamente a vida política do Distrito Federal.

Historicamente, a UnB tem sido um celeiro de líderes políticos que migraram para cargos importantes no governo local, como Cristovam Buarque, ex-reitor que se tornou governador do DF, e Antônio Ibañez, que assumiu a Secretaria de Educação. A universidade, com seu vasto capital intelectual e histórico de resistência política, frequentemente se posiciona como um contraponto às políticas do Governo do Distrito Federal.

Neste contexto, a eleição para reitor e vice-reitor da UnB não é apenas uma escolha administrativa, mas uma decisão que poderá influenciar o futuro político e educacional da capital do país. Quem vencer, levará consigo a responsabilidade de manter a UnB como uma referência nacional em educação, pesquisa e engajamento social, sempre com o peso da tradição de esquerda que marca a instituição.

Na eleição para a gestão 2024/2028 da UnB, todas as candidaturas têm alinhamento com a esquerda, garantindo que a nova reitoria seguirá essa orientação, independentemente do resultado. Uma chapa de direita seria interessante para a democracia e para o equilíbrio de ideias na universidade.