A saúde de Águas Lindas de Goiás: uma questão de vida e morte
A saúde pública de Águas Lindas de Goiás está no centro das atenções, e com razão. Dados da Secretaria de Saúde revelam que um terço dos pacientes atendidos na rede pública de saúde do Distrito Federal (DF) vem do Entorno. Essa estatística alarmante expõe a crise de saúde enfrentada por moradores de cidades como Águas Lindas, onde a demanda por especialidades médicas essenciais, como Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria, é esmagadora.
Recentemente, no dia 17 de junho deste ano, Águas Lindas de Goiás deu um passo significativo com a inauguração do Hospital Estadual de Goiás (HEAL) no Parque da Barragem. A construção deste hospital se arrastou por quase 20 anos, e sua abertura não poderia ser mais oportuna, coincidindo com o período eleitoral. Coincidência ou não, a inauguração do HEAL é um marco que promete transformar a realidade da saúde na região. Pelo menos é o que se espera!
Ainda funcionando parcialmente, o HEAL começou a receber pacientes através de encaminhamentos do Complexo Regulador Estadual para casos de urgência e emergência. Com capacidade total para 164 leitos, o hospital promete aliviar a sobrecarga dos serviços de saúde locais e regionais. Sua administração está a cargo da Organização Social de Saúde Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (OSS HMTJ), entidade cuja atuação ainda precisa ser minuciosamente avaliada.
Mas a questão que não pode ser ignorada é: quantas vidas foram perdidas em Águas Lindas por falta de atendimento adequado? Mortes evitáveis são uma tragédia que assombra qualquer comunidade, e Águas Lindas não é exceção. A precariedade do sistema de saúde local deixou muitas famílias de luto, marcadas pela ausência de cuidados médicos essenciais.
Se a saúde de Águas Lindas de Goiás está realmente melhorando, se o HEAL está cumprindo sua promessa de atender à população e se as vidas estão sendo salvas, então a continuidade do atual governo pode ser justificada ou não. A gestão de Lucas Antonietti deve ser avaliada com rigor, levando em conta os progressos e as lacunas ainda existentes.
A população de Águas Lindas merece um sistema de saúde digno, eficiente, resolutivo e humano. A decisão está nas mãos dos eleitores, que precisam avaliar se as mudanças em curso são suficientes para garantir uma melhor qualidade de vida. Afinal, a saúde pública não é apenas uma questão política; é uma questão de vida ou morte. E, de mortes de pacientes, Águas Lindas sabe muito bem!