Um ex-integrante do “gabinete do ódio” revelou a este articulista que Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), também foi alvo do esquema de espionagem ilegal conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O “gabinete do ódio” operava no Palácio do Planalto com a missão de disseminar notícias falsas contra adversários políticos do então presidente.
“O que nos foi passado por [nome em sigilo] era que Valdemar não era de confiança, pois já havia se aliado ao PT em outras ocasiões,” afirmou o ex-integrante.
As investigações indicam que o esquema de espionagem da Abin também monitorou outras figuras de destaque, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o senador Renan Calheiros (MDB).
Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal executou cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em uma nova fase da operação Última Milha. Desde 2023, esta operação investiga o uso indevido dos sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos políticos durante o governo Bolsonaro.
Esta fase da operação se fortaleceu com dados obtidos de celulares de ex-integrantes da Abin, revelando conversas sobre a utilização de monitoramento ilegal para “explodir” adversários políticos.