DF: Greve de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem – Funerárias a Postos

DF: Greve de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem – Funerária a Postos
DF: Greve de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem

Profissionais iniciam paralisação a partir de segunda-feira (17)

Os auxiliares e técnicos de enfermagem do Distrito Federal anunciaram uma greve a partir da próxima segunda-feira (17). A paralisação visa pressionar o Governo do Distrito Federal (GDF) por melhorias nas condições de trabalho e remuneração. Após tentativas frustradas de negociação, a categoria decidiu pela greve.

A decisão foi discutida e anunciada hoje (11) no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Representantes dos profissionais se reuniram com a Secretaria de Economia e a Casa Civil do GDF, que avaliaram o impacto das reivindicações no orçamento e recusaram as propostas apresentadas pelo sindicato da categoria. Em resposta, os trabalhadores optaram pela paralisação, mas prometeram respeitar a Lei da Greve (nº 7.783), que regula as condições para o exercício do direito à greve.

Dayse Amarilio ou Jorge Vianna quem apresentou maior volume de trabalho legislativo em 2023
Jorge Vianna e Dayse Amarilio

O deputado Jorge Vianna (PSD) destacou a importância e o desgaste dos técnicos de enfermagem, afirmando: “O técnico de enfermagem, que é a maior categoria da saúde, sustenta nas costas o sistema de saúde. Temos 9 mil profissionais atuando nas mais de 500 unidades do Distrito Federal. Esses profissionais, que estão cansados já, porque passaram por uma pandemia e uma epidemia de dengue, não tiveram reconhecimento de nenhum governo”.

Os trabalhadores denunciam que o GDF não cumpre o piso nacional estabelecido pela Lei nº 14.434, de 2022. A legislação define que a remuneração dos técnicos deve ser 70% do piso dos enfermeiros, e 50% para os auxiliares.

A deputada Dayse Amarilio (PSB) também se manifestou sobre a situação: “Tenho certeza que os técnicos de enfermagem não querem fazer uma greve, mas, infelizmente, desde 2014 nunca foram olhados como uma categoria em separado. Existe um tratamento que privilegia uma categoria em detrimento da outra”. Amarilio apontou ainda a disparidade na progressão de carreira: enquanto técnicos e auxiliares levam 25 anos para atingir o topo, outros profissionais da saúde alcançam o ápice em 18 anos. “O que está ruim vai se tornar uma verdadeira zona de guerra. Precisamos ter respeito com essa categoria e conversar”, concluiu a parlamentar.

A população deve se preparar para os possíveis impactos da greve nos serviços de saúde do Distrito Federal a partir do dia 17.