A saúde pública tem sido um fator decisivo nas eleições para o governo do Distrito Federal, moldando o destino político de governadores e influenciando as campanhas eleitorais. Governadores como Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), ambos buscando a reeleição, enfrentaram derrotas significativas, em grande parte atribuídas às falhas em gerir eficazmente o setor de saúde pública durante seus mandatos.
Agnelo Queiroz, do PT, viu sua administração marcada por críticas intensas à maneira como lidou com as crises no setor, o que acabou por prejudicar sua imagem e sua campanha de reeleição. Situação similar ocorreu com Rodrigo Rollemberg, do PSB, que não conseguiu desvincular-se dos problemas herdados e tampouco implementar as reformas necessárias para uma melhoria perceptível na saúde pública, culminando em sua não reeleição.
Atualmente, o governador Ibaneis Rocha (MDB), já em seu segundo mandato, parece estar ciente de que a “maldição” da saúde pública pode novamente se fazer presente. Com planos de concorrer a uma cadeira no Senado Federal, Ibaneis busca solidificar seu legado e garantir um sucessor alinhado com sua administração. Para isso, sabe que precisa enfrentar os antigos e persistentes desafios do setor de saúde, melhorando o acesso e a qualidade dos serviços oferecidos à população do DF.
Seus esforços incluem a ampliação de hospitais, aumento no número de profissionais de saúde e implementação de tecnologias modernas de gestão hospitalar. No entanto, a pressão continua intensa, com o público demandando resultados imediatos e tangíveis. A história tem mostrado que a população do Distrito Federal valoriza significativamente as melhorias na saúde e pode ser implacável com aqueles que falham em prover soluções eficazes.
Portanto, para Ibaneis Rocha, mais do que uma questão de administração pública, a saúde no DF é um teste definitivo de liderança política. Seu sucesso ou fracasso nessa área pode não apenas definir sua futura carreira política mas também estabelecer o tom para a governança futura na capital do país. As próximas eleições serão um veredicto do povo sobre se a maldição foi finalmente quebrada.