Desde que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tornou pública sua homossexualidade em julho de 2021, uma onda de controvérsia tem agitado os bastidores políticos. O pastor Wilmar Almeida Cruz, da igreja Assembleia de Deus, na cidade Estrutural, situada a apenas 15 km do centro de Brasília, tem sido uma voz proeminente nesse debate.
Em seus sermões inflamados dominicais, Almeida Cruz não hesita em atribuir as dificuldades do estado gaúcho a uma suposta “maldição” decorrente da orientação sexual do governador. Citando passagens bíblicas, como Provérbios 29:2, ele argumenta que a “perversidade sexual” no poder traz desgraça ao povo.
“Quando os justos governam, o povo se alegra; quando os perversos estão no poder, o povo geme”.
Almeida tem usando sua influência religiosa para demonstrar a seus poucos mais de 200 fiés que o Rio Grande do Sul está passando pela situação atual em razão de terem escolhido um governador gay. Neste domingo (12), ele usou a passagem em levítico 20:13 para seus ataques.
Se um homem tem relações sexuais com outro homem, assim como se tem relações com uma mulher, ambos fazem algo detestável. a Sem falta devem ser mortos. O próprio sangue deles está sobre eles.
A questão ganha destaque não apenas como um confronto entre valores religiosos, mas político pois o pastor se declara bolsonarista assumido. Enquanto alguns condenam veementemente a postura do pastor como discriminatória, outros veem sua mensagem como uma expressão legítima de liberdade religiosa e opinião.
À medida que a controvérsia continua a se desdobrar, fica claro que a interseção entre política e religião permanece um terreno fértil para debates acalorados e confrontos ideológicos. Enquanto isso, Eduardo Leite e sua equipe estão empenhados em salvar vidas e reconstruir as cidades afetadas pelas grandes inundações.
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O portal S&DS entrou em contato com o pastor Almeida Cruz, que se limitou a dizer: “Não sou eu quem diz, mas as escrituras sagradas.”