Matéria atualizada em 08/04 para informar que foram dois suícidios.
Brasília, 7 de abril de 2024 – O silêncio que paira sobre o Serviço Médico da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) ecoa mais uma vez com a trágica notícia do suicídio do soldado Leonardo Eric Ferreira Gandra, matrícula 07357559, do 13º Batalhão, ocorrido hoje na Quadra 14 de Sobradinho, a apenas 27 km de Brasília.
A comunidade policial (praças) está mais uma vez em luto, mas também em revolta e perplexidade. Já são pelo menos seis policiais militares que cometeram suicídio entre 1º de janeiro e 7 abril de 2024 no Distrito Federal. Uma estatística chocante, que não pode ser ignorada.
Enquanto as famílias desses bravos combatentes do crime lamentam suas perdas irreparáveis, surge várias questões angustiante: por que os soldados da PMDF têm que esperar até quatro meses para conseguir uma consulta com um psiquiatra? Por que novos agendamentos com especialistas só estão disponíveis para agosto, quando a necessidade é tão urgente e premente? Por que seus atestados são reduzidos pela junta médica?
A falta de assistência médica adequada e o acesso limitado a cuidados psicológicos e psiquiátricos são questões que não podem ser varridos para debaixo do tapete da Corporação como vem sendo feito. Os soldados da PMDF enfrentam situações extremamente estressantes e traumáticas em seu cotidiano, e é dever da Corporação garantir que eles recebam o suporte necessário para lidar com esses desafios.
Diante dessa tragédia recorrente, é hora de questionar o Comando da Corporação: o que está sendo feito para proporcionar um ambiente de trabalho saudável e para prevenir casos como este? Por que as políticas de assistência médica e psicológica não estão sendo revistas e reforçadas com a urgência que a situação exige?
O portal S&DS (Saúde & Direitos Social) sempre estará à disposição dos policiais militares do Distrito Federal. Nossa plataforma está aberta para ouvir suas histórias, suas necessidades e suas preocupações. É hora de unir forças para garantir que aqueles que arriscam suas vidas para proteger a sociedade recebam o apoio que merecem. Afinal, a segurança pública começa pela saúde e bem-estar de nossos policiais.
Juntos, podemos e devemos fazer mais. Porque cada vida perdida é uma perda irreparável para nossa comunidade e uma dolorosa lembrança do preço humano de nossa negligência.
Atualização
O policial militar, soldado Calazans, lotado no Sexto Batalhão da Polícia Militar – 6º BPM, também atentou contra a própria vida, neste 7 de abril.
