Os presidentes do Brasil que enfrentaram a prisão: passado, presente e futuro incerto
Após o término de seus mandatos, alguns presidentes brasileiros tiveram seus destinos marcados pela prisão. Uma lista que não deixa de suscitar questionamentos sobre o futuro político do país e, possivelmente, do atual presidente, Jair Bolsonaro.
A história registra episódios em que o mais alto cargo da nação foi manchado pela detenção de ex-mandatários. Hermes da Fonseca, Artur Bernardes, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Fernando Collor de Mello, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer são nomes que constam nessa lista de figuras proeminentes do Brasil.
Os motivos e períodos de detenção variam. Hermes da Fonseca enfrentou prisão por cinco dias devido a uma revolta contra seu governo em 1922. Artur Bernardes passou três meses atrás das grades após uma revolta em 1930. Juscelino Kubitschek foi detido por quatro dias durante o golpe militar de 1964. Jânio Quadros teve apenas um dia de prisão antes de renunciar e partir para o exílio em 1961.
Fernando Collor de Mello, após renunciar e sofrer impeachment em 1992, experimentou quatro meses de prisão domiciliar. Luiz Inácio Lula da Silva, durante e após seu mandato, enfrentou 580 dias de prisão no âmbito da Operação Lava Jato. Michel Temer, em 2018, passou apenas cinco dias detido, também relacionado à mesma operação.
Agora, as atenções se voltam para Jair Bolsonaro, cujo mandato presidencial se encerrou em dezembro de 2022. A possibilidade de seu nome figurar nesta lista não pode ser descartada, especialmente diante das acusações de crimes contra o Estado Democrático de Direito, incluindo a abolição do Estado e o atentado às instituições. O que o futuro reserva para o ex-presidente e para a política brasileira permanece incerto, mas a história serve como um lembrete de que ninguém está acima da lei.