O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, presta novo depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (11), no contexto do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Sua esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, desempenhou um papel essencial ao encorajar o marido a colaborar com as autoridades.
O acordo de colaboração fechado por Cid, que já recebeu validação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), reflete sua disposição em contribuir com as investigações em andamento.
Os detalhes da colaboração de Mauro Cid com a PF permanecem sob sigilo, conforme é comum nesses casos. No entanto, é esperado que seu testemunho esclareça pontos relevantes levantados durante as investigações, possivelmente corroborando informações previamente fornecidas pelo ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.
Freire Gomes, em depoimento anterior, foi considerado esclarecedor pelas autoridades, contribuindo para a compreensão dos eventos que envolvem a suposta articulação de um golpe de Estado.
A investigação aponta para uma alegada tentativa de Bolsonaro e seus aliados de permanecer no poder, frustrando a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Detalhes divulgados sobre a delação de Mauro Cid sugerem a participação de Freire Gomes nas discussões sobre o golpe, porém ele teria se recusado a apoiar tal empreitada, gerando descontentamento entre os militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto. Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam o descontentamento de Braga Netto com Freire Gomes por sua recusa em participar de uma suposta intervenção militar.