A Avenida Paulista, palco de tantas batalhas ideológicas, viu no domingo (25) um novo capítulo se desenrolar. O protesto convocado por Jair Bolsonaro (PL), sob a sombra de supostos planos golpistas, reuniu uma multidão incerta – 500 mil, 600 mil, 1 milhão? – e reacendeu a chama da polarização. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo SSP-SP informou que o ato pró-Bolsonaro reuniu aproximadamente 600 mil pessoas.
– Brasil, Terra prometida. pic.twitter.com/JGjnkMSCYp
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 26, 2024
Enquanto o ex-presidente discursava, defendendo a “liberdade” e atacando seus adversários, nos bastidores, sussurros e especulações tomavam conta da cena. O que realmente motivava a presença de tantos? Crença genuína nas palavras de Bolsonaro? Repúdio ao governo Lula? Ou medo do futuro incerto?
Israel, a bandeira presente:
Um elemento que se destacava era a presença de bandeiras de Israel, vendidas lado a lado com as do Brasil. Para alguns, um símbolo de apoio ao país aliado. Para outros, uma mensagem velada de alinhamento com o ultranacionalismo e o pseudo-conservadorismo religioso, já que em Israel a legislação liberal dmite o aborto e o uso recreativo de maconha.
Bolsonaro: mito, mártir ou líder em apuros?
O ato serviu como um termômetro da força de Bolsonaro após as eleições. Seus apoiadores o viam como um mártir, injustiçado por um sistema corrompido. Já seus críticos o consideravam um líder perigoso, disposto a subverter a ordem democrática para se manter no poder.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 25, 2024
E agora?
O que o futuro reserva para Bolsonaro e seus seguidores é incerto. As investigações sobre o golpe de Estado podem levar a um processo judicial, enquanto a polarização política no país tende a se aprofundar.
O que não foi dito:
Um pensamento político longínquo pairava sobre a manifestação, mas não foi verbalizado: “Que Israel e Bolsonaro vão para a…Avenida Paulista”.
O que vem a seguir?
A resposta a essa pergunta está nas mãos do povo brasileiro. A sociedade precisa se unir para defender a democracia e construir um futuro melhor, livre da polarização e dos extremismos.