Médicos pedem exoneração em massa da Secretaria de Saúde do DF

Médicos pedem exoneração em massa da Secretaria de Saúde do DF
Ivan Rocha

Uma série de pedidos de exoneração têm sido apresentados por médicos vinculados à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), conforme informações publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF – Nº 232, QUARTA-FEIRA, 13 DE DEZEMBRO DE 2023 –) e (Nº 233, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2023). Esses pedidos têm sido fundamentados no artigo 50, inciso I, e artigo 51, caput, da Lei Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2022, associados ao artigo 1°, inciso IX, do Decreto n° 39.133, de 15 de junho de 2018, e ao artigo 8°, §2°, da Portaria n° 396, de 20 de junho de 2022.

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Os profissionais de saúde têm solicitado sua exoneração de forma voluntária, o que tem gerado um impacto significativo no quadro de pessoal da SES-DF. Dentre os profissionais que formalizaram seus pedidos de desligamento estão Luciana Mendonca Barbosa, Ana Luiza Ribeiro Diogo, Kedma Coutinho, Janaina Leite Jabur Oliveira, Émilly Priscilla de Souza Robélio, Hugo Rafael Vaz Bretones, Ana Carolina Ferreira de Azevedo, Mariana Carneiro Figueiredo, Kelly Cristina Leal, Cicero Ramos dos Santos, Thales da Silva Antunes e Alex Corcino Silva de Amorim.

Os médicos, com atuações em diferentes áreas como neurologia, clínica médica, medicina de emergência e oncologia clínica, têm solicitado sua exoneração em momentos distintos ao longo do ano de 2023. Seus desligamentos foram efetivados a partir de datas variadas, iniciando em julho e se estendendo até setembro.

O número expressivo de pedidos de exoneração tem levantado questionamentos sobre as razões por trás dessas saídas em massa dos profissionais de saúde da SES-DF. Quais os motivos específicos que levaram e levam a esses pedidos de desligamento?

O médico Paulo Feitosa, chefe da Pneumologia do Hran, concedeu uma entrevista ao S&DS, abordando a difícil situação que envolve a permanência dos colegas na SES-DF. Ele apontou o IGESDF como um dos motivos, pois essa instituição oferece salários mais atrativos e condições de trabalho superiores, sendo mantida pela própria Secretaria de Saúde.

Feitosa destacou que a “falta de estrutura, a desvalorização profissional e a dificuldade em praticar uma medicina eficaz têm levado os novos médicos a deixarem o serviço público. Além disso, essa situação tem desmotivado até mesmo os profissionais mais experientes, chamados de ‘médicos raízes’, deixando-os desanimados e desestimulados com a profissão”, finalizou.

A preocupação com a possível repercussão dessas exonerações na oferta de serviços de saúde à população local é uma das questões que emergem diante dessa situação. O impacto dessa saída coletiva de médicos no funcionamento das unidades de saúde da região ainda precisa ser avaliado.

DESPACHO DA SECRETÁRIA