O cenário político do Distrito Federal para as eleições de 2026 já começa a se desenhar com nuances e desafios particulares para o Partido dos Trabalhadores (PT). Com a iminente sucessão do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), a agitação nos bastidores revela um dilema interno no PT-DF.
Ao contrário do MDB, que conta com a alta aprovação do governador Ibaneis Rocha entre os eleitores do Distrito Federal e já tem sua principal figura de proa para a disputa vindoura, o PT enfrenta um dilema de falta de nomes competitivos para o pleito.
As discussões internas no partido têm colocado em destaque dois nomes: a senadora Leila Barros, filiada ao PDT, e o deputado federal Reginaldo Veras, representante do PV. Ambos surgem como alternativas, mas não pertencem diretamente ao PT-DF, o que evidencia a escassez de lideranças fortes dentro do próprio partido para a corrida eleitoral.
O quadro se torna ainda mais complexo diante da dependência do PT-DF em relação a esses nomes externos, resultando em debates acalorados nos círculos mais altos da sigla. Enquanto o MDB tem a figura consolidada de Ibaneis Rocha para repassar o bastão, o PT-DF se vê em um contexto de limitações, com a discussão sobre a sucessão governamental ultrapassando as esferas locais e concentrando-se nas figuras de Leila Barros e Reginaldo Veras.
A ausência de nomes internos robustos capazes de enfrentar uma eleição majoritária coloca o PT-DF em uma posição delicada, refletindo a urgência de uma estratégia que envolva tanto a busca por lideranças fortes quanto a reorganização das bases para um pleito eleitoral que se avizinha. A incerteza e a pressão interna se tornam evidentes enquanto o partido enfrenta a necessidade de encontrar um caminho sólido para o futuro político do Distrito Federal.