Em uma entrevista ao portal S&DS e associados, nesta terça (28), o deputado Eduardo Pedrosa, presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), abordou temas relevantes, como o impacto da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho, modernização da política e Fundo Constitucional, ressaltando suas prioridades e visão para o futuro do Distrito Federal.
Pedrosa, reconhecido por sua atuação parlamentar em favor das cidades e por abrir mão da verba indenizatória, enfatizou sua experiência empresarial como base para direcionar políticas que promovam o desenvolvimento do DF. Para ele, desburocratização, estímulo à geração de empregos e investimento em energias renováveis são pilares fundamentais.
Ao discutir a modernização da política, o deputado destacou: “Na política a gente ainda tem muitas coisas arcaicas“. Temos a necessidade de avançar nas questões básicas, como a integração de sistemas na saúde pública do Distrito Federal, apontando falhas na comunicação entre diversos sistemas internos. Além disso, salientou a importância de programas de capacitação profissional voltados para a área de tecnologia, visando atender às demandas do mercado.
“A gente fala da situação da Secretaria de Saúde, quando a discussão atual está na inteligência artificial, mas nós ainda estamos internamente discutindo com o governo o porquê de a gente não ter um sistema só para toda saúde no Distrito Federal. A gente tem diversos sistemas que não se comunicam e não avançam. Então, acho que o primeiro lugar é a gente tentar fazer o que nós não fizemos que devíamos ter feito. Passa o primeiro por aí”.
Pedrosa enfatizou o potencial do DF como um polo de inovação tecnológica, citando a posição geográfica estratégica e a capacidade da mão de obra local. Ele ressaltou que a capacitação profissional é essencial para atrair empresas e gerar empregos, enfatizando a relevância econômica que tais iniciativas podem trazer para a região.
O deputado também abordou a substituição de empregos pela tecnologia, destacando a necessidade de desenvolver tecnologia como geradora de empregos. Ele ponderou sobre a transição de cobradores para motoristas de ônibus e discutiu a automação no setor de transporte como um exemplo de mudança que pode impactar o mercado de trabalho no DF.
“Eu, colocaria essa questão da inovação da tecnologia neste ano agora, como uma grande agenda de estado. Até porque a gente tem debatido sempre o Fundo Constitucional do Distrito Federal, nós vamos perder? Vai diminuir? Por quê? Porque nós somos muito dependentes no Fundo, 40% do nosso orçamento é o Fundo. Nós não podemos mais ficar acomodados, esperando a hora que algum dia alguém vai vir e vai tentar tirar um pedaço do nosso Fundo aqui. Ou a gente tenta desenvolver outras matrizes econômicas e transforma o Distrito Federal para ter relevância nessas áreas que tem potencial para ser. Eu colocaria inovação e logística como dois pontos básicos para isso, por conta da localização e por conta da capacidade da nossa mão de obra.
Por fim, Pedrosa enfatizou a importância de diversificar a economia do DF, afastando a dependência excessiva do Fundo Funcional e promovendo a inovação e a logística como pontos-chave para impulsionar o desenvolvimento econômico da região, visando um futuro mais promissor para o Distrito Federal.