Natal, 01 de abril de 2023 — O clima de tensão e incerteza persiste em Natal, Rio Grande do Norte, à medida que o governo enfrenta dificuldades para cumprir os acordos estabelecidos com o Sindicato do Crime e o Primeiro Comando da Capital (PCC), levantando temores de uma nova onda de ataques que poderia varrer a cidade.
A onda de violência inicial eclodiu em 14 de março, quando prédios públicos e privados foram alvo de depredação e incêndios criminosos, enquanto veículos eram incendiados, deixando a população atônita e as autoridades em alerta máximo.
De acordo com fontes anônimas ligadas às duas maiores facções criminosas do Rio Grande do Norte, os problemas persistem e os acordos acordados no rescaldo dos ataques não foram devidamente cumpridos. As principais preocupações das facções incluem a falta de melhorias nas condições das unidades prisionais e a possibilidade de transferência de líderes do chamado “Sindicato do Crime” para fora do estado.
Um membro do PCC, que sempre estarão anônimo, declarou ao reporte Ivan Rocha do portal S&DS que veio ao estado: “Não houve melhorias significativas nas condições das unidades prisionais, que eram uma das principais demandas que levaram às negociações. Isso está gerando frustração entre os membros das facções e alimentando o descontentamento.”
Outra fonte, um soldado da chamada “família RN,” expressou preocupações com relação às transferências dos líderes do Sindicato do Crime para fora do estado, afirmando: “Ainda não temos garantias sólidas de que essas transferências não ocorrerão, o que poderia criar um vácuo de liderança e desencadear uma nova onda de violência por aqui.”
O governo estadual está enfrentando pressões crescentes para resolver esses problemas e evitar uma nova escalada de violência. As autoridades locais negam quaisquer negociações e planos para cumprir os acordos em questão com o crime organizado. Enquanto isso, a população de Natal observa com apreensão a situação, temendo o ressurgimento da violência que abalou a cidade no começo do ano.