Na Antuérpia, na Bélgica, a história da ginástica artística escreveu um novo capítulo emocionante e histórico. Pela primeira vez no Mundial, o pódio do individual geral foi ocupado exclusivamente por mulheres negras, celebrando uma conquista emblemática para o esporte e a diversidade.
A brasileira Rebeca Andrade brilhou ao conquistar a medalha de prata, juntando-se às americanas Shilese Jones e Simone Biles, esta última consolidando seu hexacampeonato. Rebeca Andrade expressou sua alegria diante desse feito inédito.
“Eu estava reparando nisso. Aí, gente. É maravilhoso. Eu amei. Wakanda Forever”, disse a ginasta de 24 anos, fazendo referência ao filme “Pantera Negra” e celebrando a representatividade no esporte.
Simone Biles, que havia se tornado a primeira mulher negra campeã mundial do individual geral em 2013 na mesma cidade, retornou à Antuérpia dez anos depois para mais uma conquista histórica. Ela não apenas consolidou seu domínio, mas também celebrou o pódio 100% preto.
“Nós tivemos um pódio 100% de mulheres pretas, achei isso maravilhoso, a mágica das mulheres pretas! Espero que isso ensine as meninas que elas podem tudo que colocarem na mente. Só seguir treinando forte”, afirmou Simone Biles.
Rebeca Andrade, além de sua medalha de prata, é a única outra mulher negra, além de Simone, a deter o título de campeã mundial do individual geral, conquistado no ano anterior. Ela expressou sua gratidão por permanecer entre as melhores ginastas do mundo.
“Para mim, é uma honra. É algo muito grandioso, muito difícil de ser conquistado e é mais difícil ainda se manter nesse lugar. Eu trabalho muito. Eu faço ginástica porque amo esse esporte. Faço com alegria. Faço por mim e por toda minha equipe. Eles estão sempre trabalhando junto comigo. Não tem como eu não me sentir grata e lisonjeada por hoje representar tudo isso que represento. É uma honra”, declarou Rebeca Andrade.
A conquista desse pódio histórico não apenas celebra o talento e a dedicação das ginastas, mas também ressalta a importância da diversidade no esporte e a superação de obstáculos ao longo da história. Um legado inspirador que, como destacou a ex-ginasta e comentarista Daiane dos Santos, continua a pavimentar o caminho para futuras gerações de atletas negras acreditarem em seu potencial.